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Mostrando postagens de abril, 2020
Manjar Turco. Quem não lembra da cena famosa do filme "As crônicas de Nárnia" quando Edmundo Pevensie entra em Nárnia e conhece a Feiticeira Branca que o conquista oferecendo-lhe apetitosos loukum, também conhecido como manjar turco. A cena com aquele doce marcou o imaginário tanto de crianças quanto dos adultos. O manjar turco é um doce de origem turca, informações dão conta que sua origem remonta à Pérsia antiga, onde era produzido como goma e aroma de rosas. Com sabor bem característico de água de rosas ou ainda limão. A cor que é uma das principais características, cor rosa, advém da água de rosas. A questão que coloco é: por que associamos os doces com guloseimas e com crianças? Lembrem que a Bruxa da Floresta atraí João e Maria com uma "casa de doces ". A palavra guloseima em português tem origem na palavra francesa "gourmandise" e aparece em fontes manuscritas por volta de 1400, da palavra ainda derivam "gourmet", "gourmand...

O imaginário sobre a fome.

Banquete.  Na história da humanidade o imaginário sobre a fome leva de certo modo a um pânico e temor a oposição a ela possibilitou também a construção de um sentimento oposto: a fartura e abundância. Daí, a "necessidade" das pessoas nesta pandemia de correrem aos supermercados comprando tudo que podem. Como nos aponta Hilário Franco Júnior, o "Ocidente medieval cristão via na fome uma das maiores ameaças à sua sobrevivência. Ameaça concreta" (P.56). Então, ainda que fosse no imaginário o homem viveria de fartura ou sonhando em encontrá-la motivo pelo qual as pessoas se sentem seguras quando tem uma oferta de comida em abundância. A abundância de comida povoa o imaginário popular desde muito cedo em contraposição à Fome, está na bíblia, o milagre dos pães e peixes. Uma preocupação que chega à Antiguidade Clássica nos grandes banquetes. Ter muita comida ou imaginar que em algum lugar haveria oferta sem fim, foi um dos pensamentos que mais se fez prese...