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Mostrando postagens de outubro, 2025

Quibebe.

E hoje vamos de Glossário da Alimentação Paraense. E a palavra de hoje é QUIBEBE. Segundo Vicente Salles, a palavra Quibebe tem origem africana e de consumo muito "tradicional no Pará,  pelo menos desde o séc. XIX".(1) Seria de etimologia "(...)mbundo bembé( jibembê, beldroegas) conservado com o artigo. Essa mesma palavra passou com o prefixo qui (no Norte) em quibembe assimilado em quibebê  por analogia da palavra beber"(2) Talvez, porque fosse possível beber ou sorver em goles o quibebe? Ou porque ele tivesse antes uma consistência mais líquida? Bem, para Nei Lopes quibebe seria um termo derivado "Do quimbundo Kibebe, caldo grosso, papa". (3) Aqui no Pará,  o quibebe era/é feito com jerimum, leite de castanha e como não poderia ser diferente: com farinha seca ou d'água. Nesse sentido, Mário Ypiranga Monteiro nos esclarece que Quibebe seria um "composto de massa de jerimum cozido e leite de gado ou de tocari (castanha) com farinha d...

Receita de Biscoitos "Não me toques".

Você sabia que o termo "não me toques" faz referência a "(...)p essoa cheia de melindres e suscetibilidades"?(1)Mas, também é o nome de um biscoito feito ao longo do Brasil de duas maneiras distintas. [E possível que esse biscoito tenha outras variações de preparo, eu achei duas] Na primeira versão, ele é feito com "(...) com tapioca de goma, leite de coco e açúcar e que desmancha facilmente na boca"(2) Domingos Vieira FIlho, em seu livro, A linguagem popular do Maranhão, já fazia referência a esse biscoito no ano de 1953. (3) Realidade que reflete a popularidade do "Não-me-toques". Essa base de ingredientes também foi descrita por Maria Lúcia Gomensoro, em seu "Pequeno Dicionário de Gastronomia" quando diz que: "Não-me toques-. Doce feito com tapioca de goma, leite de coco e açúcar".(4) Nesta versão, o Não-me-toques é feito com goma de tapioca, leite de coco e açúcar. Contudo, encontrei uma outra versão deste bisc...