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Mostrando postagens de agosto, 2022

Bolo Mãe Preta.

Sexta-feira com receita Histórica? Temos sim! O vídeo que está lá no canal desta semana recria a receita do "Bôlo Mãe Preta", do Livro da Tia Evelina, edição de 1948. 💡A ideia| Em 4 de fevereiro de 2019, dei início aqui no blog a um "desafio" muito saboroso: de realizar todas as receitas do Livro de Receitas da tia Evelina. ✔ O desafio| consistia em fazer, experimentar e comentar com vocês as receitas do livro "As receitas da tia Evelina", livro publicado no Brasil, cuja 5° edição  data de 1948. 📖 O livro da tia Evelina| tem mais de 500 páginas em capa dura e seu conteúdo versa sobre receitas doces e salgadas bem como cardápios de almoço e receitas pra jejum da Quaresma. 🛎 |Como estamos reproduzindo as receitas da mesma maneira que estão no livro,  optamos por manter o nome do bolo tal como foi publicado em 1948. . . . 📽  Vídeo aqui . . . 💬✍🏽 Então,  corre lá e experimenta fazer!!!Depois me diz o que a...

Ainda sobre a castanha-do-Pará

Na fotografia de Aranha, Wilson de Souza e Catharina Vergolino, sobre o Município de Manaus, no Amazonas temos os utensílios necessários ao ensacamento das castanhas para venda: Balança,  vasilha e sacos com castanhas. A castanha- do- Pará sempre teve uma importância salutar nas pautas de exportação,  seu fruto era muito apreciado no século XIX e ela tinha mercado certo. Um bom exemplo disso, foi o ano Em 1863, quando mais uma vez as localidades do Baixo Amazonas estavam entre as principais fornecedoras de castanha-do-pará para o abastecimento e consumo da capital. O Baixo Tocantins também manteve em alta sua exportação de castanha-do-pará para Belém. Vejamos a tabela I:                          Tabela I Quantidade de Castanha e sua origem que chegou à capital em 1863. Origem Castanha/alq. Tocantins. 18.164 alq. Santarém. 7.751 alq. Gurupá....

Castanha-do-Pará.

A árvore da Castanha-do-Pará é uma das maiores que temos na floresta. O pastor Daniel Parish Kidder, no ano de 1849, quando esteve no Pará, dizia que: "A castanha dá nos ramos frondosos de uma árvore gigante, a "bertholetia excelsa". Enquanto a fruta é nova- e não empedernida pelo tempo é verdadeiramente deliciosa".(1) Segundo Celestino Pesce, autor de "Oleaginosas da Amazônia", é "uma das maiores árvores da floresta  chegando a uma altura de 50m e possui trinco de 2m (ou mais) na base. As flores nascem em novembro, porém, somente depois de 14 meses seus frutos aparecem maduros, sendo a colheita feita de dezembro em diante, do ano sucessivo à floração". (2) O autor, ressalta ainda a importância do comércio do fruto do castanheiro-do-pará e do intenso trabalho dos coletores na época da colheita. Sobre o fruto ele nos diz que: "O fruto é um ouriço de 10 a 15 cm de diâmetro,  constituído por uma casca lenhosa muito dura, que somente...

Castanha-do -Pará.

A castanha do Pará, tradicionalmente e historicamente conhecida por esse nome desde os primeiros relatos sobre esse tipo de castanha foi-lhe dada o nome de Castanha-do-Pará,  ela era inclusive  exportada com essa denominação desde o século XVIII. Segundo o viajante Kidder, quando de viagem pelo Pará, no século XIX,  a castanha do Pará era verdadeiramente deliciosa. Em minha dissertação de mestrado (1), em que analiso vários dos produtos de abastecimento e exportação do Pará, a castanha aparecia como um dos mais importantes produtos alimentares de origem extrativista, no tocante ao consumo local. Em 1859, outro viajante, o Avé-Lallemant exaltava que: "As castanhas são nozes triangulares (...) Extrai-se delas também um óleo excelente, como fa por exemplo na cidade do Pará o vice-consul suíço (...) que mandou vir para isso uma pequena máquina a vapor". (2) Mas, é importante e fundamental dizer que esse tipo de castanha não era encontrado apenas no Pará. Segundo R...

Maniçoba, patrimônio cultural de natureza imaterial do Pará.

A maniçoba, prato típico paraense muito consumido no Círio, em festas de arraiais, em casamentos, batizados, aniversários e várias das festas familiares em Belém se tornou patrimônio cultural de natureza imaterial pela Lei nº 9.601/2022, a regulamentação foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Pará no mês de maio. E sancionada pelo governador do Estado do Pará,  em 2 de junho de 2022. Você sabia que para um prato se torna patrimônio cultural de natureza imaterial tem que ser levado em consideração a historicidade desse prato? E que o historiador da alimentação tem papel importante nesse inventário? Desde 2009, eu estudo a maniçoba e o pato no tucupi.( O pato no tucupi também virou patrimônio cultural de natureza imaterial, aliás, o texto de amanhã será sobre ele). Mas, você sabe o que é a Maniçoba? Em minha tese eu abordo a historicidade deste prato que é ancestral e que é um dos alimentos indispensáveis no Almoço do Círio.(1) Então,  ...

Restaurante Miralha.

O que fazia sucesso na praça gastronômica em Belém no ano de 1987? E você sabia que já haviam restaurantes que ofereciam Karaoke para seus Fregueses? Segundo a Revista Estudio:Revista do artista paraense, do ano de 1987, que trazia matéria intitulada "Roteiro do Lazer em Belém" um dos restaurantes que fazia sucesso era o Restaurante Miralha, o qual, oferecia serviço de Bar-Restaurante-Karaokê-Lava jato, localizado na Av. Doca de Souza Franco número 194, o Miralha era aberto 24 horas todos os dias e especializado em "comida japonesa na chapa". Com " destaque para os pastéis de Guiosa e a Yaksoba". (1) Nas sextas-feiras e sábados ainda era possível soltar a voz, no Karoakê. Além da música ao vivo. . . . 💬 E você chegou a comer esses pastéis e a Yaksoba do restaurante Miralha? Cantou no Karoakê? Me conta! . . . 📚✍️🏽 Referências. 📸(1) Revista Estudio:a revista do artista paraense. 1987. In: http://www.fcp.pa.gov.br/obrasraras/estudio 

A Caferana [parte II]

A Caferana também é  chamada de falso-guaraná pela semelhança das suas folhas, algumas pessoas plantam Caferana achando que é guaraná dada a semelhança. Hoje compartilho com vocês um pouquinho mais da pesquisa do Botânico Paulo Bezerra Cavalcante, do Museu Paraense Emílio Goeldi. Paulo Cavalcante, nos permite conhecer vários dos frutos comestíveis da Amazônia, a partir de sua magnífica pesquisa desenvolvida na década de 70, do século XX. A pesquisa é tida como conhecimento único e nas palavras de Pedro Lisboa, especialmente, no que tange ao "patrimônio vegetal das frutas comestíveis da exuberante hileia amazônica, repercutindo, não só no meio científico, como também em toda a comunidade nacional". (1)E ainda: "O autor dedicou especial atenção às frutas silvestres, pouco conhecidas, ou totalmente ignoradas pelo citadino, o que resultou nas 176 espécies apresentadas" na edição de 1988. (2) O trabalho de Paulo Cavalcante é um trabalh...