Daquilo que se come.

Que o guaraná garoto sempre foi conhecido e reconhecido no Pará, todos sabemos. Mas, e a laranjada garoto?  A laranjada garoto era a sensação na cidade de Belém na década de 60. E antes mesmo da Fanta aparecer por estas paragens, a laranjada garoto feita "de laranja mesmo" era muito apreciada. No anúncio do ano de 1963, um garoto aparece de olhos vendados e pronto para tomar o refrigerante já que ela "V. identifica pelo sabor!". Quem desejava poderia pedir pelo telefone também! Na época que as garrafas eram de vidro e o meio ambiente agradecia!  E você lembra ou conhece alguém que adorava a Laranjada garoto?  . . . #comidacomhistória #historiadora #sidianamacêdo #alimento #daquiloquesecome #food #cozinha #Belém  . . . 📸 PINTO, Lúcio Flávio. Memória do Cotidiano- volume 6. Belém:edição do autor, novembro de 2013. P. 89.

Ingredientes.  1 colher de Açúcar. 4 xicaras de trigo. Fermento biológico (3 colheres de sopa) 1 xícara de Leite morno. 1/4 de xícara de Óleo. 2 ovos. 1 colher de chá de Sal. Para o recheio você vai precisar de 8 salsichas. Modo de preparo: Numa tigela misture o fermento e o açúcar. Junte a esta mistura o leite, um dos ovos, o óleo e a farinha de trigo. Com as mãos misture até ficar uma massa bem homogênea. Tampe com pano e deixe descansar por 15 minutinhos. Abra a massa e enrole a salsicha. Pincele com 1 ovo e leve ao forno por 30 minutos. Essa massa é muito boa, pode ser feita sem recheio, com presunto e queijo. É muito versátil.

Em 13 de julho de 1910, Costa Prado & Companhia, localizado na travessa Fructuoso Guimarães, número 10, oferecia Queijos do Ceará Coalha e manteiga. Produtos vindos de outros estados eram comuns na praça comercial de Belém. Encontrava-se em Belém também os sabores de outros estados, o que ratifica a importância das trocas alimentares por parte de grupos oriundos de outros estados brasileiros na cidade de Belém. Assim, era possível encontrar na Avenida Independência a “presença de guloseimas de feitura nordestina, manipuladas ninguém sabia por quem, lá para os lados de ‘Canudos’, então quase circunscrito à sua avenida ‘Ceará’”.(1) Ou ainda, os “queijos do Ceará no pão com café grande com leite que custava mil e duzentos réis”.(2) Do Nordeste, aliás, vinham sempre os doces: em 13 de março de 1918 vieram de Pernambuco 6 volumes de confeitos e 3 volumes de doces.1192Um ano depois em 10 de janeiro de 1919, Maia & Companhia receberam no vapor Brasil 500 kilos de especial ...

O cupuaçu segundo Paulo B. Cavalcante "é espécie nativa do Pará, onde pode ser encontrado em estado silvestre na mata virgem alta de várias localidades desse Estado. É frequentemente cultivado em quase toda a Amazônia (...)" (1). Em 1939, na Usina São Vicente, de propriedade de M. Santos & Filho, havia produção de doces diversos de frutas regionais como bacuri, cupuaçú, mangaba, abricó, cubio, graviola, muruci, buriti, banana, abacaxi. Os fabricantes ainda eram os únicos a produzir a ameixa do Pará.(2) Ora, veem-se claramente um processo de mestiçagem nos usos que se fazia das frutas. Desse modo, as frutas regionais são apresentadas na forma de doces e no caso das frutas que não eram regionais acrescentou-se um ingrediente da região: a castanha do Pará. Dentre as frutas consumidas no Pará, o cupuaçu, nativo dessa região, sempre teve lugar de destaque. Segundo Cavalcante: "(...) come-se o cupuaçu de várias maneiras, sendo a menos preferida o consumo da ...

No Largo da Sé, no canto da calçada do Collegio, Cunha & Almeida, ofereciam uma variedade de produtos para fechar com chave de ouro aquele almoço especial ou um lanchinho. Dente os produtos haviam "Queijo americano, compota de bacury, limão, cupú-assú, araça, goiaba &&&" E ainda, geleia de araça, cacáo, limão, bacury, cupú-assú &&&.(1) Tudo com "preços baratissimos". Vocês imaginam a delícia destas compotas e geléias em nossas casas? 🤩🤩 . . . #comidacomhistória #historiadora #sidianamacêdo #daquiloquesecome #food #amo #ofício #historiadoradaalimentação . . . Referências. (1)Jornal. Diario de Notícias. 10 de abril de 1895. 📌MACÊDO, Sidiana da Consolação Ferreira de. A Cozinha Mestiça uma história da Alimentação em Belém fins do século XIX. Programa de Pós graduação em História social da Amazônia. UFPA. 2016. 

Em 18 de janeiro de 1889, o jornal O Liberal do Pará, trazia anúncio de que na Travessa 7 de Setembro n. 12, havia " Sementes seccas de CUPÚ-ASSÚ a 220 rs. O kilo, compra J. Taveira.  . . . O anúncio nos permite supor que havia a procura pelas sementes de cupuaçu, outros anúncios semelhantes eu encontrei no final do século XIX. Então, havia o consumo de cupuaçu em considerável demanda em Belém? De quê forma? Sobre essas questões ao longo desta semana vamos falar.  . . . Eu amo cupuaçu. E vocês?  #sidianamacêdo #daquiloquesecome #food #história #Belém #comidacomhistória #historiadora #Belém #hiatoriadaalimentacao  . . . Referências.  📸 jornal O Liberal do Pará. 18 de janeiro de 1889.