O cupuaçu segundo Paulo B. Cavalcante "é espécie nativa do Pará, onde pode ser encontrado em estado silvestre na mata virgem alta de várias localidades desse Estado. É frequentemente cultivado em quase toda a Amazônia (...)" (1). Em 1939,
na Usina São Vicente, de propriedade de M. Santos & Filho, havia produção de doces diversos de frutas regionais como bacuri, cupuaçú, mangaba, abricó, cubio, graviola, muruci, buriti, banana, abacaxi. Os fabricantes ainda eram os únicos a produzir a ameixa do Pará.(2) Ora, veem-se claramente um processo de mestiçagem nos usos que se fazia das frutas. Desse modo, as frutas regionais são apresentadas na forma de doces e no caso das frutas que não eram regionais acrescentou-se um ingrediente da região: a castanha do Pará. Dentre as frutas consumidas no Pará, o cupuaçu, nativo dessa região, sempre teve lugar de destaque. Segundo Cavalcante: "(...) come-se o cupuaçu de várias maneiras, sendo a menos preferida o consumo da polpa, diretamente in natura. O uso mais popular é em forma de refresco, que algumas pessoas preferem misturado com farinha de mandioca. Existem ainda muitas outras formas de utilizar o
cupuaçu, como o saboroso sorvete, de grande preferência local, bem
como picolé, e mais: doce em pasta, doce sólido tipo salame, balas com recheio de cupuaçu, bolos e tortas com sabor de cupuaçu, pudim, creme nevado, suco concentrado, licor e geleia. (3)Nas memórias de Alfredo Oliveira, quando de sua meninice, durante as festas de Nossa Senhora de Nazaré, em 1952, ele lembra que “no casarão de minha avó Lidia, na
Avenida Alcindo Cacela, o pato no tucupi e a maniçoba estavam à espera dos netos,
assim como as deliciosas sobremesas de bacuri e cupuaçu (...)”.(4) Eu amo cupuaçu, suco refresco feito do caroço, sorvete, creme e as balas. Em minhas memórias de criança o cheiro do cupuaçu me remete ao doce se cupuaçu e a geléia que mamãe fazia, sem igual. ❤
📸 Est. 18.CUPUAÇU (Theobroma grandiflorum) 1-2:flor; 3: estame no interior da cogula; 4: fruto. P.95
(1) Cavalcante, Paulo B. Frutas Comestíveis da Amazônia. 4 ed. Rev. Ampl. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi; Companhia Souza Cruz indústria e comércio, 1988. P. 90.
(2) Folha do Norte, 1 de janeiro de 1939.
(3) CAVALCANTE, op. cit., p. 91.
(4) OLIVEIRA, Alfredo. Conflitos e sonhos de um aprendiz: memórias. Belém: 2015, p. 184.
na Usina São Vicente, de propriedade de M. Santos & Filho, havia produção de doces diversos de frutas regionais como bacuri, cupuaçú, mangaba, abricó, cubio, graviola, muruci, buriti, banana, abacaxi. Os fabricantes ainda eram os únicos a produzir a ameixa do Pará.(2) Ora, veem-se claramente um processo de mestiçagem nos usos que se fazia das frutas. Desse modo, as frutas regionais são apresentadas na forma de doces e no caso das frutas que não eram regionais acrescentou-se um ingrediente da região: a castanha do Pará. Dentre as frutas consumidas no Pará, o cupuaçu, nativo dessa região, sempre teve lugar de destaque. Segundo Cavalcante: "(...) come-se o cupuaçu de várias maneiras, sendo a menos preferida o consumo da polpa, diretamente in natura. O uso mais popular é em forma de refresco, que algumas pessoas preferem misturado com farinha de mandioca. Existem ainda muitas outras formas de utilizar o
cupuaçu, como o saboroso sorvete, de grande preferência local, bem
como picolé, e mais: doce em pasta, doce sólido tipo salame, balas com recheio de cupuaçu, bolos e tortas com sabor de cupuaçu, pudim, creme nevado, suco concentrado, licor e geleia. (3)Nas memórias de Alfredo Oliveira, quando de sua meninice, durante as festas de Nossa Senhora de Nazaré, em 1952, ele lembra que “no casarão de minha avó Lidia, na
Avenida Alcindo Cacela, o pato no tucupi e a maniçoba estavam à espera dos netos,
assim como as deliciosas sobremesas de bacuri e cupuaçu (...)”.(4) Eu amo cupuaçu, suco refresco feito do caroço, sorvete, creme e as balas. Em minhas memórias de criança o cheiro do cupuaçu me remete ao doce se cupuaçu e a geléia que mamãe fazia, sem igual. ❤
📸 Est. 18.CUPUAÇU (Theobroma grandiflorum) 1-2:flor; 3: estame no interior da cogula; 4: fruto. P.95
(1) Cavalcante, Paulo B. Frutas Comestíveis da Amazônia. 4 ed. Rev. Ampl. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi; Companhia Souza Cruz indústria e comércio, 1988. P. 90.
(2) Folha do Norte, 1 de janeiro de 1939.
(3) CAVALCANTE, op. cit., p. 91.
(4) OLIVEIRA, Alfredo. Conflitos e sonhos de um aprendiz: memórias. Belém: 2015, p. 184.
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