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Mostrando postagens de julho, 2020

O consumo de carne de Tatu.

O tatu também compunha as carnes consumidas no Pará, em testemunho nos idos de 1858 François Biard nos relata de um jantar em que "vieram me chamar; o jantar era servido numa grande sala e numa mesa comprida de cabeceiras arredondadas a que se sentavam os donos na casa. Os pratos compunham-se de verduras, ovos de tartaruga, cutias (o coelho americano), paca, tatu, tartaruga; (...) Davam-se sempre pão, mas as outras pessoaspreferiam farinha de mandioca (...)". (1)Um verdadeiro banquete amazônico com a presença de cutias,paca,tatu,tartarugas. Sem faltar a farinha de mandioca. O tatu também compunha a lista de receitas do livro de receitas o Cozinheiro Nacional, sendo 6 receitas: tatu refogado, tatu ensopado com guandus ou mangalós, tatu frito, tatu guisado com mogango, tatu guisado com polpa de batatas e tatu refogado à moda com farinha de trigo.(2)A pesquisa nos permite dizer que, em todo o Brasil, era comum esse consumo de carnes de caça, do contrário não faria ...

A Fábrica de Cerveja Paraense.

As imagens são da Fábrica de Cerveja Paraense, fundada em 1905, localizada na Avenida Independência em frente a estação central da Pará Eletric. A fábrica de Cerveja Paraense foi a primeira do ramo no Norte do País. Tal realidade ratifica a importância da praça comercial de Belém. Aliás, neste momento a cidade desponta como principal cidade da Amazônia, detentora de uma importância comercial significativa, um porto muito dinâmico e movimentado de produtos, embarcações e principalmente de pessoas. Em parte, sua posição de centro comercial contou com sua localização geográfica tida como excelente, como ressalta Penteado: “Belém conseguiu atingir o posto em que se encontra, graças, sobretudo, à sua excelente posição geográfica”. Assim, “situada a pouco mais de um grau de latitude sul. Junto à foz do rio Amazonas, as margens de um braço secundário, localmente conhecido como Baía do Guajará, a capital do Pará encontra-se a cerca de 120 kilometros do mar...

Padaria D. Amelia e a epidemia.

Em 8 de novembro de 1918, uma preocupação semelhante a que vivemos hoje se fazia presente na cidade de Belém. Em meio a epidemia de gripe espanhola, que assolava o estado a Padaria D. Amelia, de propriedade de Nunes & Martins,localizada na Avenida S. Jeronymo, número 128, anunciava aos seus fregueses que "foi obrigado a fechar durante quinze dias devido à epidemia que assola este Estado". E ainda, "a casa foi rigorosamente desinfectada, caiada e lavada. Estando com todos os preceitos hygienicos, reabriu hontem e esta prompta a attender aos seus amáveis freguezes". (1) Tanto tempo depois, no ano de 2020,nossa realidade sendo parecida com um outro período da história, numa diferença de tempo de mais de cem anos. Questões sobre o funcionamento dos estabelecimentos sendo regulados pelos poderes públicos e as insatisfações oriundas destas interferências vindo a tona, inclusive, no anúncio o proprietário diz que "foi obrigado a fechar durante quinze d...

Bombons Sonho de Valsa...

Em um domingo, em 24 de janeiro de 1932. O Café Carioca,localizado na 15 de Agosto, número 18 e que atendia no telefone 4274 anunciava aos seus fregueses que tinha para vender "Bombons Sonho de Valsa Rosa Maria e outras qualidades".(1) O bombom Sonho de Valsa aparece sendo comercializado em Belém em 1932, ao lado de Rosa Maria. Naquela época os chocolates eram vendido em bares, restaurantes, cafés, a exemplo do Café Carioca.  . . . #comidacomhistória #historiadora #sidianamacêdo #daquiloquesecome #food #história #Belém #saborescomhistória  . . . Referências. (1) Jornal Folha do Norte. 24 de janeiro de 1932.

O Guaraná.

O Guaraná (Paullinia cupana HBK), originária da Amazônia, é nas palavras de Cavalcanti, "uma planta nativa da Amazônia, de cultura pré-colombiana". (1) E ainda, uma das primeiras notícias do uso do Guaraná, foi um relato datado de 1669, pelo padre Betendorf quando diz que: "(...) tem os Andirazes em seus matos frutinhas que chamam guaraná, a qual secam e depois posam, fazendo delas umas bolas, que estima como os brancos o seu ouro, e desfeitas com uma pedrinha, com que vão roçando e em uma cuia bebida, dá tão grande forças, que indo os índios à caça um dia até outro, não tem fome, além do qie faz urinar, tira febres e dores de cabeça e caimbras". (2). Muito utilizado pelas suas propriedades medicinais, os índios Maués tomavam o Guaraná todos os dias, eles mantinham o guaraná em bastões e ralavam com língua do pirarucu uma porção, misturavam com água e bebiam. Aliás, segundo Cavalcanti, "o processo tradicional do Guaraná é aquele, legado ...

Guaraná GuaraSuco

Como não lembrar das famosas promoções das tampinhas de refrigerantes? Era tão legal, a gente criança adorava colecionar, não é verdade!? As famosas promoções das tampinhas de refrigerante atravessaram as décadas de 60,70 e 90 do século XX, eram disputadas entre a criançada. Em 1959, a GuaraSuco, lançava a promoção de juntar 6 tampinhas com a marca com "a cara do garôto" que a garotada ganhava copos com o nome da empresa gravado A marca agradava um público fiel que segundo Pinto " (...) o refrigerante de gosto forte". (1). O refrigerante, naquele ano que era vendido numa "numa linda garrafa branca" presenteva os seus colecionadores que juntassem as 6 tampinhas com "um lindo copo, de vidro, tamanho normal, com bordadura de ouro! Um presente útil e econômico! Está é uma oferta sensacional do seu GUARASUCO". O prêmio um copo muito útil e que tinha bordadura em ouro, imaginem só! As tampinhas podiam ser trocadas nos "caminhões de dis...