Em 8 de novembro de 1918, uma preocupação semelhante a que vivemos hoje se fazia presente na cidade de Belém. Em meio a epidemia de gripe espanhola, que assolava o estado a Padaria D. Amelia, de propriedade de Nunes & Martins,localizada na Avenida S. Jeronymo, número 128, anunciava aos seus fregueses que "foi obrigado a fechar durante quinze dias devido à epidemia que assola este Estado". E ainda, "a casa foi rigorosamente desinfectada, caiada e lavada. Estando com todos os preceitos hygienicos, reabriu hontem e esta prompta a attender aos seus amáveis freguezes". (1) Tanto tempo depois, no ano de 2020,nossa realidade sendo parecida com um outro período da história, numa diferença de tempo de mais de cem anos. Questões sobre o funcionamento dos estabelecimentos sendo regulados pelos poderes públicos e as insatisfações oriundas destas interferências vindo a tona, inclusive, no anúncio o proprietário diz que "foi obrigado a fechar durante quinze dias". Ou seja, não foi "necessário" fechar, mas sobretudo obrigado. Voltamos ao ano de 1918? Os mesmos locais de comer e socializar são tanto no "ontem" como no hoje espaços de alto risco de contágio. É preciso estar atento ao que o passado nos "diz".
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Referências.
(1) Folha do Norte. 8 de novembro de 1918.
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