José Veríssimo, afirmava que a "tartaruga é verdadeiramente o gado da Amazônia". Isto porque, ao longo do século XIX, uma das carnes mais consumidas na região era a carne de tartaruga. A carne de tartaruga era um dos principais alimentos de sua população. A carne tida como extremamente saborosa e nutritiva, inclusive, era muito apreciada por viajantes estrangeiros que estiveram na Amazônia.
A carne podia ser cozida, ensopada ou assada, uma das formas mais consumidas era picadinha guiada ou o peito assado no forno. Mas, se engana quem pensa que apenas a carne era consumida.
Da Tartaruga praticamente tudo se aproveitava. Dos miúdos fazia-se sarapatel, do fígado fazia se a Paxixá. Fazia-se com os ovos à manteiga de tartaruga, uma iguaria muito apreciada nos interiores e na capital da Amazônia.
E ainda, fazia-se a tão desejada mixira. Uma espécie de "linguiça" assada ao moquém e guardada na própria banha ou na do peixe-boi e que durava meses conservadas.
Em meu livro, intitulado "Do que Se Come: Uma História do Abastecimento e da Alimentação Em Belém 1850-1900", publicado pela editora Alameda de São Paulo, você encontra mais sobre o consumo da Tartaruga, do pirarucu e do peixe-boi, no século XIX, na Amazônia.

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