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Mostrando postagens de maio, 2020

A mandioca II

Na história da agricultura brasileira a mandioca sempre teve uma importância única. Chegou como nos aponta Monteiro, na epoca do periodo colonial, o governo português "chegou a pagar funcionários e trabalhadores com alqueires de farinha". (1) No século XIX, em 1823, houve a chamada "Constituição da mandioca", onde para votar os eleitores tinham que provar uma renda mínima de 150 alqueires de plantação de mandioca, já os eleitores de segundo grau, ppr sua vez, precisavam ter renda mínima de 250 alqueires e eram eles que elegeriam os deputados e senadores, que precisavam de uma renda de 500 e 1000 alqueires para poderem se candidatar. Naquela época aliás, a farinha de mandioca era um dos principais alimentos dos escravos e trabalhos rurais. Vários viajantes ja faziam relatos sobre a mandioca, seus derivados e seus consumos pelas populações indígenas. A mandioca, foi a responsável pela colonização, no sentido de que ela era "pão" do colonizador, u...

A mandioca.

Uma das imagens históricas mais magníficas da mandioca pra mim é esse desenho de pena e lápis do manuscrito de Frei Christovão de Lisboa, datado de 1624. Porque ela traduz em absoluto tudo que a mandioca representa para os povos da Amazônia ao longo do tempo. Daquelas imagens que nos permite ficar horas contemplando. Porque ela nos transmite toda a vida que brota da mandioca, da terra ela está florindo muito mais do que folhas, como raízes fortes foram capazes de alimentar e "permitir" a vida de nossos ancestrais e de nós mesmos. Segundo Hue, a mandioca “(Manhiot esculenta) é uma espécie de personagem épica da alimentação brasileira. O ingrediente básico, onipresente, resistente, potente e versátil, de onde se extrai a matéria-prima para uma série de comidas e bebidas. Nativa do sudoeste da Amazônia, a mandioca foi domesticada por índios tupi há cerca de 5.000 anos, na vasta área do Alto rio Madeira, de onde se espalhou pelo Brasil adentro, atingindo o Paraguai, a Bolívia, o ...

Alimentação uma referência materna.

Quando crianças somos apresentados aos sabores e cheiros que de uma maneira geral representa quem somos, em vários aspectos e de diversas formas. Uma vez que, " o conjunto de representações, crenças, conhecimento e práticas alimentares compartilhadas no interior de uma cultura é considerado como uma forma importante de identificação coletiva". (1). Aliás, o homem se diferencia pela sua capacidade de escolher o que come e como ele vai comer. Ao entender sobre o escolher e cozinhar os alimentos uma fronteira importante da humanidade foi atravessada. Nesse sentido, não se come qualquer coisa, se come para além dos alimentos, pois cada uma de nossas escolhas são eivadas de fronteiras entre nós e o alheio, já que "o comer sempre esteve sujeito a diversos condicionantes contextuais, como os de caráter social, econômico e cultural. Comer nunca foi um ato isolado". (2). Por isso, quando saímos de nosso grupo "materno" nossa família, estado ...

"Gosto, patrimônio de nossa infância".

Eu gosto muito da ideia de "gosto, patrimônio da infância" de Ariovaldo Franco,(1) acho um dos mais completos para pensarmos a formação do gosto criado a partir da infância e das nossas raízes. São as memórias gustativas que mais levamos conosco pela vida afora. A pintura de David Gerard, datada de 1520 é muito simbólica neste aspecto, "A virgem com sopa de leite". 🎨 Segundo Franco "a socialização de uma criança compreende as mais variadas noções sobre alimentação ".(p.24) E ainda, "o gosto é, portanto, moldado culturalmente e socialmente controlado (...) os alimentos habituais tornam-se objeto de predileção, os mais saboreados. Por isso, também, apreciam-se tanto os pratos da região em que se cresceu". (3).  Uma das primeiras relações que nos marcam como pessoa está relacionada a forma como construímos nossa base alimentar. As relações criadas em torno do que comemos refletem a escolha da família que estamos inseridos e da sociedade...

Café da Paz.

Segundo Paul Walle, que esteve na cidade por volta de 1910, Belém seria a única cidade, desde o Rio de Janeiro, na qual o viajante podia encontrar “alguns bons  hotéis, não no sentido em que empregamos o termo, mas no de estabelecimento onde se pode dispor de um quarto limpo e bem arejado, com uma comida adequada, um cardápio variado e um serviço aceitável”. (1) Segundo ele, este era um dos mais importantes da capital paraense: Café ou Hotel da Paz, localizado no centro da cidade, considerado como de boa reputação e que melhor estrutura tinha para receber os hospedes. Por sua vez, os viajantes Godinho e Lindenberg que estiveram em Belém no início do século XX e ficaram hospedados no Café da Paz, próximo ao teatro de mesmo nome, nos informam que este hotel tinha: “Quartos arejados, bonito e espaçoso refeitório, variado menu, em que faziam boa figura o camurim e o delicioso abacaxi”.(2)Tanto Walle, quanto os médicos Godinho e Lindernberg ressaltam que os quartos arejados,...

Biscoitos estrelinhas.

Começamos a terça-feira com receitinha da Tia Evelina. 😘 Biscoitos Estrelinhas.  Ingredientes.  1 xícara de açúcar. 🍚 2 colheres de manteiga.🥄🥄 2 gemas.🥚🥚 1 ovos.🥚 1 colher de fermento em pó.🥄 1 colher de sopa de canela.🥄 Cerca de 400 gramas de maisena.  Uvas-passas. Modo de Fazer 🥣🥣 1. Misture muito bem com ajuda de uma colher o açúcar, manteiga, os ovos, fermento e a canela. Quando estiver bem homogêneo. 2. Misture a maisena aos poucos até ficar no ponto de abrir com um rolo.  3. Corte os biscoitos com um cortador no formato de estrelinha. Coloque numa fôrma untada com manteiga, pincele com gema e coloque no meio uma uva passa.  4. Leve ao forno pré aquecido por minutos por 30 minutos.  O que eu achei real da receita? 🍴 É muito saborosa. 🍴Rápida, prática e uma ótima opção ao lanche dos miúdos. 🍴Gostei muito do sabor.  #instafood #food #amomuito #receita #dehoje #caseirices #donadecasa #donadecasaquetrabalhafora #receita #dehoje #tiaevel...

O caranguejo.

O caranguejo, crustáceo muito conhecido pelos brasileiros e paraenses. Desde meados do seco XVII, ja aparece sendo descrito pelos viajantes. Segundo Nieuhof, nos idos de 1640, "o caranguejo de rio, que abunda noa terrenos ribeirinhos e nos pantanais, serve de alimentos aos brasileiros". (1) O príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied, em 1817, sobre a Bahia, nos informa que "contentam-se em ter um pouco de farinha peixe e carne seca, e, às vezes caranguejos, que obtêm nos mangues ao redor". (2). No Pará, o caranguejo é muito apreciado, aliás, daqui se faz um acepipe único e muito apreciado: a unha de caranguejo. No início da década de 1950, por sua vez, a unha de caranguejo era um dos acepipes (3) mais cobiçados de Belém segundo as memórias de Alfredo Oliveira. De acordo com o memorialista as mais cobiçadas eram as servidas no bar “Jangadeiro, na Santo Antônio, que servia uma unha de carangueijo inesquecível”.(4) Segundo Orico, a unha-de-caranguejo era “uma das especiali...

A carne de macaco e seu consumo.

Na imagem de M. G. Eichler e Maximilian Wied-Neuwied, intitulada "Os Puri na sua Cabana", sem data, mas que oriunda provavelmente da viagem do príncipe alemão Maximiliano de Wied-Neuwied que teve inicio em 4 de agosto de 1815 e terminada wm Salvador no ano de 1817. A viagem foi extremamente importante uma vez que muito contribuiu para o conhecimento do mundo natural, da sua biodiversidade e dos habitantes do Brasil.  Os Puri, grupo indígena brasileiro que prrtence ao grupo macro-jê e que habitavam as regiões do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Ao olhar com calma a gravura além da natureza exuberante, duas outras coisas são bem salutar, a primeira são as panelas num canto esquerdo, próxima a uma árvore e a outra é o alimemto assando para o "jantar"? Um macaco espetado, está assando na fogueira enquanto a mãe brinca com o filho e o pai assisti tudo. O consumo de animais selvagens era muito comum pelas populações indígenas ao longo de todo terr...

A caça e consumo da Anta.

Pero de Magalhães Gandavo, no século XVI, nos informa que: " também há uns animais na terra a que chamam Antas, (...) a carne destes animais tem o sabor como da vaca, da qual parece que se não diferencia cousa alguma (...)". (1) Oscar Canstatt, já no século XIX, entre os anos de 1858/1871, nos fala que " o maior mamífero do Brasil é indubitavelmente o tapir ou anta (...) devido às qualidades especiais de ser como couro, como também, à sua carne, é falir muito procurado".(2) Em todo o Brasil, era comum o consumo de carnes de caça, entre elas da anta. Assim, não sem razão, em 16 de junho de 1893, o jornal O Paraense anunciava que o Café Chic, localizado no Largo da Pólvora, em Belém, oferecia todos os dias no almoço, jantar e ceia, mas especialmente aos domingos, “appetitosas caças”, ao lado de “toda sorte de gallinaceos". (3). O consumo de carnes de animais decorrentes da caça, era um hábito alimentar herdado dos indígenas, tal qual a farinha e os beijus haviam ...

Urucu

Na casa de vovó sempre tinha uma garrafa de urucu, naquele cheiro e cor vermelha tão característico e que era utilizado na cozinha, um hábito herdado dos nossos ancestrais, e que naquela época eu não imaginava sua origem. O urucu que aparece desenhado na aquarela de papel de Albert Eckhout, no ano de 1662, reflete um dos vegetais com maior uso pelos grupos indígenas da Amazônia. Seu nome de origem tupi, URU'KU que quer dizer "vermelho" é planta nativa da América. O urucu era de uso constante pelos grupos indígenas, segundo Raimundo Morais, o "urucu- (Bixa orelana) - planta arbustiva de cujos frutos se extrai uma tinta vermelha, empregada na tatuagem de certos índios. Usam-na também na cozinha, à maneira do açafrão, para colorir certos pratos". (1) Considerado como o açafrão da Amazônia, foi descrito por muitos viajantes que estiveram na Amazônia. Spix e Martius nos falam, nos idos de 1820, no Amazonas, sobre os produtos agrícolas dos índios Miranhas que "as...

Pão de Queijo.

Pãozinho de queijo!  Uma excelente opção para as crianças.  Segue a receita: 1/2 xícara de óleo. 1 xicara de leite. 1 ovo. 2 xícaras de polvilho azedo. 1 pitada de sal. 1 pacote de queijo parmesão ralado (50g). Modo de Fazer 🥣🥣 1. Bata todos os ingredientes por cerca de 3 minutos no liquidificador.  2. Em forminhas untadas com manteiga, coloque uma concha pequena da massa e leve para assar por 30 minutinhos, em forno  pré aquecido.  3. Fica muito, muito saboroso! 😘😘

Palha Italiana.

Há tempos eu queria fazer essa receita de palha italiana, acabei fazendo pra Páscoa! Foi a lembrança do almoço de Páscoa! 🤗 Palha Italiana.  Ingredientes. 1 lata de leite condensado. 2 colheres de manteiga. 2 colheres de chocolate 50% cacau. 2 colheres de creme de leite. 20 biscoitos Maria em pedaços. Açúcar.  Modo de Fazer.🥣🥣 1. Numa panela leve ao fogo o leite condensado, a manteiga, chocolate e o creme de leite. Cozinhe, mexendo sempre até ficar no ponto de brigadeiro mole, uns 7 minutinhos. Desligue o fogo e coloque os biscoitos, mexa bem.  2. Cubra uma fôrma com papel manteiga e unte com manteiga. Coloque a palha no formato quadrado, cubra com o papel e leve a geladeira por 30 minutos. 3. Retire da geladeira, corte em pedaços e passe no açúcar. Coloque em potes. Pra não ficar mole. Eu coloquei em saquinhos de Feliz Páscoa!  Ficou uma delícia! 

Bolo de Páscoa.

Nosso Bolo de Páscoa! 🤗 Ficou delícia e essa cobertura é fantástica. Não leva leite condensado! 👍🏽👍🏽 Bolo de  chocolate. 1 xícara de leite. 2 ovos. 1 xícara de óleo.  1 xícara de chocolate 50% cacau. 1 e 1/2 xícara de trigo. 1/2 xícara de maisena. 1 colher de sopa de fermento. Cobertura. 1 e 1/2 xícara de açúcar. 1 xícara de chocolate 50% cacau. 2 colheres de sopa de manteiga. 1 xícara de leite. Modo de Fazer. 🥣🥣 1. Bata no liquidificador todos os ingredientes líquidos. E numa tigela misture aos ingredientes secos já peneirados. Por último, misture o fermento.  2. Leve ao forno médio preaquecido, numa fôrma untada e enfarinhada por 35 minutos.  3. Numa panela coloque todos os ingredientes da cobertura, mesa até começar a ferver. Pare de mexer e deixe uns 5 minutinhos vai engrossar e ficar no ponto de cobertura. Fica muito boa! 🤗😘 #instafood #food #amomuito #blogueira #blogdaquiloquesecome #receita #dehoje #caseirices #pascoa2019 #emcasa #home #homesweethome ...

Bolinho de fubá com goiabada.

Bolinho fofinho de fubá com goiabada. É receitinha nova!🎉🎊 Bolinho fofinho de fubá com goiabada. Ingredientes. 3 ovos. 1xicara de leite. 1/2 xícara de manteiga derretida. 1 xícara de fubá. 1 xícara de trigo. 1 xícara de açúcar. 1 colher de sopa de fermento. 1/2 lata de goiabada. Modo de Fazer 🥣🥣 1. No liquidificador bata os ovos, leite, a manteiga por uns 2 minutinhos. Acrescente, o fubá, açúcar e trigo e bata apenas pra misturar. Por último, coloque o fermento e bata no modo pulsar. 2. Unte forminhas de silicone com manteiga e coloque metade da massa, ponha pedaços da goiabada e cubra com massa. Lembre-se que a massa cresce, então, não coloque muito pra não transbordar. 3. Leve ao forno médio preaquecido para assar por por 25 a 30 minutinhos.

Pão de Queijo de Goma de Tapioca.

Pão de queijo de goma de tapioca. Ontem eu precisei fazer duas vezes o glacê do bolo, porque eu misturei o chocolate com a batedeira ainda batendo o suspiro, ficou uma calda. O chocolate precisa ser misturado delicadamente com a batedeira desligada. Então, como eu usei apenas as claras, eu tinha três gemas inteiras e não queria jogar "fora". Então, fiz esse pãozinho de queijo que ficou delicioso. Super rápido e bem fácil. Eu fiz assim: Pão de Queijo de Goma. Ingredientes. 3 gemas. 1/2 xícara de leite. 400 gramas de Goma de tapioca. 2 pacote de queijo parmesão ralado. 1 xícara de trigo. Sal. Modo de Fazer 🥣🥣 1. Numa tigela misture todos os ingredientes e amasse muito bem. Faça bolinhas e numa fôrma untada leve ao fogo para assar por 30 minutinhos. 2. Fica delicia! 🤗🤗👍🏽