Pular para o conteúdo principal

A carne de macaco e seu consumo.

Na imagem de M. G. Eichler e Maximilian Wied-Neuwied, intitulada "Os Puri na sua Cabana", sem data, mas que oriunda provavelmente da viagem do príncipe alemão Maximiliano de Wied-Neuwied que teve inicio em 4 de agosto de 1815 e terminada wm Salvador no ano de 1817. A viagem foi extremamente importante uma vez que muito contribuiu para o conhecimento do mundo natural, da sua biodiversidade e dos habitantes do Brasil. 
Os Puri, grupo indígena brasileiro que prrtence ao grupo macro-jê e que habitavam as regiões do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Ao olhar com calma a gravura além da natureza exuberante, duas outras coisas são bem salutar, a primeira são as panelas num canto esquerdo, próxima a uma árvore e a outra é o alimemto assando para o "jantar"? Um macaco espetado, está assando na fogueira enquanto a mãe brinca com o filho e o pai assisti tudo. O consumo de animais selvagens era muito comum pelas populações indígenas ao longo de todo território brasileiro, depois foi adotado pelos colonos. No texto de ontem abordei sobre o consumo da anta, hoje falo sobre o consumo do macaco. Nos idos de 1842, outro Príncipe, desta vez, Adalberto da Prússia nos fornece uma amostra do que era a alimentação dos índios Juruna quando informa sobre um jantar aos moldes indígenas: “Um guariba assado no espeto ‘à la indienne’”. Segundo seu relato a carne de macaco assemelhava-se a “lebre assada”, ainda que parecesse “mais dura”.(1) Guariba era um tipo de macaco. Mas, importante dizer que vários outros tipos diferentes de macacos eram consumidos. Mas, acima de tudo que devemos entender esse hábito ao consumo milenar e de como os povos faziam uso dos alimentos que da floresta. 🎨 Gravura em Cobre. Biblioteca Municipal Mário de Andrade. São Paulo, Brasil. In: O Brasil dos Viajantes. BELLUZO, Ana Maria de Moraes. Ed. Objetiva/Metalivros. 1999. 🔖Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar.(1) ADALBERTO, Príncipe da Prússia. Brasil: Amazonas e Xingu. Belo Horizonte, Ed. Itatiaia, 1977.p. 183. 📖 MACÊDO, Sidiana da Consolação Ferreira. Do que se come: uma 
história do abastecimento e da alimentação Belém(1850-1900). São Paulo: Editora Alameda, 2014.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A bolacha preta.

Bom Dia! Em fins da década de 80, fazíamos as famosas viagens de carro, no meu caso era de caçamba mesmo,  meu pai que é do Rio Grande do Norte, levava toda a família pra visitar a família dele e íamos felizes daqui do extremo Norte para o Nordeste. Lembro que nas viagens, em especial, na volta mamãe trazia uma boa reserva de Bolacha Preta, que eu vinha degustando e que tanto adoçavam minha viagem e meu paladar. Eram dias muito felizes e saborosos! Na última viagem que minha mãe fez, eu pedi que me trouxesse a dita bolacha, queria matar a saudade gustativa. A sorda é um popular e tradicional biscoito originário do nordeste brasileiro. Feito de uma massa composta de trigo, mel de rapadura e especiarias, tais como cravo, canela e gengibre. É fabricado artesanalmente ou industrializado por fábricas panificadoras em quase todos os estados do nordeste brasileiro, sendo muito consumido na área do sertão. Conhecido também em algumas localidades por bolacha preta, vaca pr...

É CARNAVAL.

Na pintura de Debret temos uma imagem do Carnaval  ou como era chamado no século XIX, de Dia d'entrudo. O dia d'entrudo que começava no domingo e seguia-se nos três dias gordos, era dia de festa em que os brincantes se jogavam "limões "cheios de água perfumada. A cena se passava no Rio de Janeiro, no ano de 1823. Segundo Debret: " O carnaval no Rio e em todas as províncias do Brasil não lembra, em geral, nem os bailes nem os cordões barulhentos de mascarados que, na Europa, comparecem a pé ou de carro nas ruas mais frequentadas, nem as corridas de cavalos xucros, tão comuns na Itália. Os únicos preparativos do carnaval brasileiro consistem na fabricação dos limões-de-cheiro, atividade que ocupa toda a família do pequeno capitalista, da viúva pobre, da negra livre que se reúne a duas ou três amigas, e finalmente das negras das casas ricas, e todas, com dois meses de antecedência e à força de economias, procuram constituir sua provisão de cera. O limão-...

Quadrados Paulista.

Olá, leitores! Essa receita é daquelas que é sensacional, veja bem: eu coloquei dois conceitos no meu livro um M/ DE MARAVILHOSO E UM E/excelente de tão boa que é!Façam, hoje mesmo :) sem palavras para descrever a tal gostosura. Quando fiz e provei essa receita, entendi que o livro Dona Benta tem raridades únicas e me questionei como aquela blogueira fazia duras críticas ao livro? Por que a minha experiência com ele a cada receita tem me deixado mais maravilhada, só posso pensar que a pessoa não deva entender muito da grandiosidade que é um livro que por gerações vem fazendo parte da cozinha de tantas pessoas...Enfim, vamos a receita: Quadrados Paulistas: p. 829. Ingredientes: Massa: 1 xícara chá de manteiga. 2 xícaras chá de açúcar. 2 xícaras chá de trigo. 1 colher de chá de fermento. 1/2 xícara de leite. 4 ovos separados. Glacê: Açúcar. Água ou sumo de laranja. Modo de Fazer: passo-a-passo:  Bata a manteiga com o açúcar, junte as gemas,...