Na casa de vovó sempre tinha uma garrafa de urucu, naquele cheiro e cor vermelha tão característico e que era utilizado na cozinha, um hábito herdado dos nossos ancestrais, e que naquela época eu não imaginava sua origem. O urucu que aparece desenhado na aquarela de papel de Albert Eckhout, no ano de 1662, reflete um dos vegetais com maior uso pelos grupos indígenas da Amazônia. Seu nome de origem tupi, URU'KU que quer dizer "vermelho" é planta nativa da América. O urucu era de uso constante pelos grupos indígenas, segundo Raimundo Morais, o "urucu- (Bixa orelana) - planta arbustiva de cujos frutos se extrai uma tinta vermelha, empregada na tatuagem de certos índios. Usam-na também na cozinha, à maneira do açafrão, para colorir certos pratos". (1) Considerado como o açafrão da Amazônia, foi descrito por muitos viajantes que estiveram na Amazônia. Spix e Martius nos falam, nos idos de 1820, no Amazonas, sobre os produtos agrícolas dos índios Miranhas que "as demais plantas, que vi cultivadas aqui, eram o aipim, a banana e o urucu". E ainda, "eles preparam, como muitas tribos de Surinam, uma fina fécula pulverizando o caroço e colhendo o precipitado da infusão aquosa". (3). Tinha uso também na medicina para os males do estômago.
🎨 Eckhout, Albert. Urucu (bixa orellana). Óleo sobre papel, 59,6 x 35,4 cm, 1662. Biblioteka Jagillonska, Cracovia, Polônia. In: In: O Brasil dos Viajantes. BELLUZO, Ana Maria de Moraes. Ed. Objetiva/Metalivros. 1999.
🔖Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar.
(1) MORAIS, Raimundo. O meu dicionário de coisas da Amazônia. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2013. P. 166.
(2) (3) Spix e Martius. Viagem pelo Brasil (1817-1820) Rio de Janeiro, Imprensa Nacional 3v. p.344.
🎨 Eckhout, Albert. Urucu (bixa orellana). Óleo sobre papel, 59,6 x 35,4 cm, 1662. Biblioteka Jagillonska, Cracovia, Polônia. In: In: O Brasil dos Viajantes. BELLUZO, Ana Maria de Moraes. Ed. Objetiva/Metalivros. 1999.
🔖Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar.
(1) MORAIS, Raimundo. O meu dicionário de coisas da Amazônia. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2013. P. 166.
(2) (3) Spix e Martius. Viagem pelo Brasil (1817-1820) Rio de Janeiro, Imprensa Nacional 3v. p.344.
Comentários
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, participe, você também faz o blog...