Ontem recebi vários relatos de quem já havia provado ou de um familiar que faziam Aluá de Abacaxi, com rapadura e gengibre. E muito obrigada por todos os relatos compartilhados. Vocês são maravilhosos! Já anotei todos. O aluá mais comum que apareceu por aqui, foi o elaborado com abacaxi e/ ou casca dele. Em uma versão levam abacaxi com gengibre e/ou rapadura. Em outra é feita com o milho. Os relatos confirmam que o Aluá é uma bebida muito plural e com várias possibilidades de "fazer" e que existem receitas que são bem de família, cujos ingredientes são mais usuais e que diferem de acordo com quem faz. Esse mundo da cozinha é realmente maravilhoso, não!? Ontem falei sobre a presença do Aluá, no Rio de Janeiro, no século XIX, mas, existem relatos do Aluá, em Salvador, na Bahia, no ano de 1787, no século XVIII, que elaborado "com mel e certas misturas a que chamam Aluá". (1) Também a referência de que: "faz vezes de limonada para os negros". Ressaltando que era uma bebida que além de ser produzida por Africanos era também muito consumida entre eles, teríamos as origens dessa bebida? Aqui no Pará, uma das formas de fazer Aluá, segundo Orico era com: " milho cozido, que se deita depois numa vasilha de barro, num cocho ou num barril, adicionando-se-lhe açúcar, cachaça e gengibre. Depois de submetido a uma fermentação de poucos dias, pode ser bebido no decorrer das festas juninas, nos arraiais e mesmo em ambiente doméstico". (2) Câmara Cascudo, nos diz sobre como o Aluá, "de grande popularidade (...) o Aluá, aruá na Bahia, espalhado pelo Norte e até os primeiros anos do século XX vendido regularmente nas ruas do Rio de Janeiro. Era de farinha de milho ou de milho em grãos cozidos, com infusão demorada de fermentação, pondo-se prelirminarmente pedaços de rapadura ou açúcar ao servir-se. Faziam-no de arroz ou de cascas de abacaxi, este conhecido em Minas Gerais e também pelo Nordeste, onde resiste (...) Equivalia à cerveja dos ambundos, ualua, quimbombo, capata, pombe, garrafa, ou lua dos haussás da Costa da Mina, todas de milho cozido (...)". (3) Uma das imagens mais bonitas que encontrei do Aluá, foi essa publicada pelo Jornal Estado de Minas cuja matéria faz referência ao Aluá e traz uma receita de Aluá com abacaxi, o link para a reportagem está nas referências deste texto. Se houver qualquer óbice em relação ao uso educacional dessa imagem, peço que por favor nos avisem.
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💬✍🏽 Com a ajuda de vocês que me ensinaram receitas de Aluá, eu vou me ocupar de tentar preparar por aqui. Vou seguir lhes informando sobre minhas tentativas. Obrigada! 😘🍀
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📚✍🏽 Referências.
📸 Aluá. Jornal Estado de Minas. postado em 12/08/2016 08:00
https://www.em.com.br/app/noticia/saboresdeminas/receitas/2016/08/12/interna-receitas-sm-em,1165005/alua.shtml 🔖 Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar.
(1) Luiz dos Santos Vilhena, Cartas de Vilhena. Notícias soteropolitanas e brasileiras, vol 1, p. 131. Salvador, Imprensa Oficial da Bahia, 1922.
(2) Orico, Osvaldo. Cozinha Amazônica (uma autobiografia do paladar) Universidade Federal do Pará, 1972, p. 107.
(3) Cascudo, Luis da Câmara. História da Alimentação no Brasil.3° ed. São Paulo:Global, 2004, p. 136.
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💬✍🏽 Com a ajuda de vocês que me ensinaram receitas de Aluá, eu vou me ocupar de tentar preparar por aqui. Vou seguir lhes informando sobre minhas tentativas. Obrigada! 😘🍀
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📚✍🏽 Referências.
📸 Aluá. Jornal Estado de Minas. postado em 12/08/2016 08:00
https://www.em.com.br/app/noticia/saboresdeminas/receitas/2016/08/12/interna-receitas-sm-em,1165005/alua.shtml 🔖 Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar.
(1) Luiz dos Santos Vilhena, Cartas de Vilhena. Notícias soteropolitanas e brasileiras, vol 1, p. 131. Salvador, Imprensa Oficial da Bahia, 1922.
(2) Orico, Osvaldo. Cozinha Amazônica (uma autobiografia do paladar) Universidade Federal do Pará, 1972, p. 107.
(3) Cascudo, Luis da Câmara. História da Alimentação no Brasil.3° ed. São Paulo:Global, 2004, p. 136.
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