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Largamente vendido e consumido pelas ruas de Belém, escravos e livres empregavam-se e viviam do abastecimento de açaí tal como o escravo José, apanhador de açaí e pescador, que fugido da padaria de seu senhor suspeitava-se que andava “próximo do engenho que foi de Benjamim Uptão” nas proximidades de Belém. Pescador e apanhador de açaí, José em fuga continuou vivendo do trabalho que sabia fazer. Mas, não foi o único fujão vivendo seus dias de liberdade sustentando-se do trabalho de apanhar açaí.
Largamente vendido e consumido pelas ruas de Belém, escravos e livres empregavam-se e viviam do abastecimento de açaí tal como o escravo José, apanhador de açaí e pescador, que fugido da padaria de seu senhor suspeitava-se que andava “próximo do engenho que foi de Benjamim Uptão” nas proximidades de Belém. Pescador e apanhador de açaí, José em fuga continuou vivendo do trabalho que sabia fazer. Mas, não foi o único fujão vivendo seus dias de liberdade sustentando-se do trabalho de apanhar açaí.
Frederico
também apanhava açaí, vendendo-o na cidade; sendo Benedicto, “conhecido por
Massarico”, outro que em dezembro de 1867 constava andar fugido “apanhando
assahy”, provavelmente para vender pelas feiras e mercados de Belém. E ainda em
1870 o escravo Estanisláo do senhor Antonio Manoel Nunes de Irituia que, ao que
consta, encontrava-se pelos arredores das ilhas das onças e que vinha todos os
dias a capital vender açaí. Além deles, havia ainda Jerôncio, nascido, criado e
bem conhecido em Belém, que fugiu em 20 de novembro de 1869, dizendo seu senhor
que “há mais de um anno” em fuga ele andava “apanhando assahy” para “vender na
Ponte de Pedras e no Porto do Sal” ou na Doca do Reduto, sendo ainda avistado
na “proximidade do cemitério, por onde reside a [sua] mãe preta, forra, por
alli conhecida como Mãi Rosa”, quem sabe uma das quitandeiras de Belém da
época.
Então, viver de apanhar e vender açaí eram uma
atividade comum aos escravos urbanos de Belém, quer a serviço de seus senhores,
quer fugido do domínio senhorial, contribuindo com a manutenção de o costume
alimentar da maioria da população. Imagino esses sujeitos andando pela cidade
de Belém do passado, numa manhã ou mesmo a tarde sob uma das chuvas que
abençoam a cidade, vendendo em surdina o açaí.
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