Em 21 de agosto de 1865, quando Luiz Agassiz e Elizabeth Agassiz estiveram no Pará, ao passar por Breves eles registraram esse desenho da palmeira de buruti, a qual, "é uma das mais belas, com seus cachos pendentes de frutos vermelhos e suas enormes frondes, em forma se leque, cortada em amplas fitas, uma só da quais, na opinião de Wallace, é carga para um homem". (1) Do buruti se fazia o vinho de buruti, delícia que acompanhava os almoços ou merenda do caboclo amazônico. Era bebida preparada com técnica de maceração muito parecida com o que se fazia com o açaí. A expressão vinho não é incomum no vocabulário de algumas pessoas para referirem-se ao sumo de algumas frutas tomadas como suco. Citamos como exemplo vinho de murucí, vinho de buriti e até mesmo vinho de caju. "Mergulhando-oe num alguidar, sob o esforço ritmado das mãos de uma amassadeira, isto é, de uma mulher experimentada neste trabalho, são uniformemente macerados, à proporção que se lhes junta cuias de água fresca". Bebida muito consumida no almoço ou merenda, junto as carnes e ainda como sobremesa. (2) Em Abaeté, na casa de vovó, sempre havia um vinho de miriti, com farinha torrada pra alegrar nossa infância.
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Referências.
🎨 FIG. 24 -Palmeira (buruti) In. Viagem ao Brasil- 1865-1866. Luiz Agassiz e Elizabeth Cary Agassiz. Editora da Universidade de São Paulo. Livraria Itatiaia Editora ltda. 1975. p. 109.
(1) Agassiz. op. cit., p. 109.
(2) Orico, Osvaldo. Cozinha Amazônica. Universidade Federal do Pará. 1972. p. 107. 📌 MACÊDO, Sidiana da Consolação Ferreira de. A Cozinha Mestiça uma história da Alimentação em Belém fins do século XIX. Programa de Pós graduação em História social da Amazônia. UFPA. 2016.
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