Rachel de Queiroz, em seu livro "O não me deixes suas histórias e sua cozinha" tem um capítulo intitulado "O Peru" em que ela nos conta que o Peru: "Em geral, prepara-se o peru sem recheio, simplesmente assado no forno, aberto pelo espinhaço, sem separar as bandas: alguém diria que ele fica de asas espalmadas como uma borboleta. Tem que ficar muito bem- assado, por dentro e por fora, com uma bela cor dourada. Esse peru não recheado é acompanhado de uma farofa caprichada, levando todos os miúdos, ovos cozidos, azeitonas, cheiro-verde etc. O peru recheado é mais raro e normalmente feito em casa de gente rica".(1) Pelo relato da escritora é possível perceber que a forma de consumo do Peru estava eivada de distinções sociais; "O Peru recheado é mais raro e normalmente feito em casa de gente rica". A forma como o Peru era servido "espelhava" distinções de classe. Rachel de Queiroz, nos diz ainda que, na festa cumeei...
Histórias da Alimentação e receitas afetivas.