Olá, leitores!
Em época de manifestações populares ao longo do Brasil, trago à vocês uma manifestação de taberneiros contra as quitandeiras, ocorrida em Belém, em março de 1852; na verdade era uma petição dos taberneiros. Belém
contava com diversos tipos de estabelecimentos destinados à venda de alimento. Entre
eles, tabernas, vendas ambulantes, barracas, quitandas, cafés e restaurantes. Em
cada um desses espaços, pessoas circulando, a vida acontecendo, bem como as
disputas e tensões aflorando entre os sujeitos que buscavam fazer do comércio
de comida esteio de sua sobrevivência ou até mesmo fortuna. Em 1852, por
exemplo, no dia 13 de março, na capital da província, o jornal O Monarchista Paraense publicou pedido
dos taberneiros do 3ª Distrito da capital pedindo aos respectivos fiscais que
redobrassem a vigilância sobre as quitandeiras, pois, eles que pagavam os
direitos e impostos devidos para a venda de produtos nacionais e importados
saíam no prejuízo já que aquelas além de não pagarem impostos “á sombra de meio
dúzia de panellas, vendem todas ou quase todas, os mesmos gêneros que os
taberneiros o não podem fazer, sem a competente licença...”,[1] até
porque elas escondiam os produtos por traz das panelas. De imediato, podemos
entender que taberneiros e quitandeiras não viviam na mais perfeita paz e que
havia certo conflito entre ambas as categorias.E que ao longo da história as pessoas vem reivindicando seus direitos.
Comentários
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, participe, você também faz o blog...