Você já viu uma "árvore de espaguete"?
Na primeira fotografia, um trabalhador "pendura macarrão para secar em uma fábrica na Itália, em 1932". Parece um "rio" de massa em preto e branco. Para alguns eram verdadeiras "árvores de espaguete".(1) O termo que tem origem nos programas de TV que mostravam as "árvores de espaguete" nas fábricas de massa italiana e que tem relação com a produção de massa. Nesse sentido, a produção de massa torna-se um dos mais importantes negócios em Nápoles e também de outras partes da Itália desde meados do século XIX. Assim,"Nas primeiras fábricas, os trabalhadores misturavam água e farinha para formar uma pasta e, em seguida, um operador sentado em uma barra de madeira pulava para cima e para baixo para amassar a massa, um processo que levava mais de duas horas para ser concluído. Só então a segunda equipe de homens (...) começou a transformar a pasta no que alguém reconheceria como macarrão. Com o advento do torchio, os operadores conhecidos como pastai (extrusoras) colocaram a massa amassada em um cilindro comprimido por um parafuso e, por meio de um sistema de alavancas e cordas, forçaram a saída dos fios de macarrão".(2) Depois desse processo era necessário secar a massa que não deveria ser consumida imediatamente ao preparo, e para isso, precisavam de "vento" daí surgirem as "árvores de espaguete". Na fotografia 2, o espaguete pendurado em uma câmara de drenagem de uma fábrica de macarrão italiana. Segundo Ariovaldo Franco, "A pasta (...) estava integrada aos hábitos alimentares italianos". Cujas bases comerciais de fabricação estavam em Nápoles". (3) É importante dizer também que com o tempo aquele macarrão que se comia apenas com pimenta e queijo branco ralado, ganha novas formas de preparo e algumas delas tornam-se pratos de ocasiões especiais. O polpette, como nos aponta Civitello: "era reservado à ocasiões especiais". Assim, "Meat sauces and meatballs—polpette—were reserved for special occasions. Pasta was eaten with peas—pasta e piselli; or with beans—pasta e fagioli, which became pasta fazool in Neapolitan dialect". (4)
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📚✍🏽 Referências.
📸(1)(2) Italian pasta production in rare pictures, 1925-1955. In: https://rarehistoricalphotos.com/pasta-production-pictures-1925-1955/
Acessado em 10 de outubro de 2021.
(3) Franco, Ariovaldo, De caçador a gourmet:uma história da gastronomia. 4 ed. Rev. São Paulo:Editora Senac São Paulo, 2006, p.194-195.
(4) Civitello, Linda. Cuisine and culture : a history of food and people / Linda Civitello. — 2nd ed. 2008, p. 265;266.
Na primeira fotografia, um trabalhador "pendura macarrão para secar em uma fábrica na Itália, em 1932". Parece um "rio" de massa em preto e branco. Para alguns eram verdadeiras "árvores de espaguete".(1) O termo que tem origem nos programas de TV que mostravam as "árvores de espaguete" nas fábricas de massa italiana e que tem relação com a produção de massa. Nesse sentido, a produção de massa torna-se um dos mais importantes negócios em Nápoles e também de outras partes da Itália desde meados do século XIX. Assim,"Nas primeiras fábricas, os trabalhadores misturavam água e farinha para formar uma pasta e, em seguida, um operador sentado em uma barra de madeira pulava para cima e para baixo para amassar a massa, um processo que levava mais de duas horas para ser concluído. Só então a segunda equipe de homens (...) começou a transformar a pasta no que alguém reconheceria como macarrão. Com o advento do torchio, os operadores conhecidos como pastai (extrusoras) colocaram a massa amassada em um cilindro comprimido por um parafuso e, por meio de um sistema de alavancas e cordas, forçaram a saída dos fios de macarrão".(2) Depois desse processo era necessário secar a massa que não deveria ser consumida imediatamente ao preparo, e para isso, precisavam de "vento" daí surgirem as "árvores de espaguete". Na fotografia 2, o espaguete pendurado em uma câmara de drenagem de uma fábrica de macarrão italiana. Segundo Ariovaldo Franco, "A pasta (...) estava integrada aos hábitos alimentares italianos". Cujas bases comerciais de fabricação estavam em Nápoles". (3) É importante dizer também que com o tempo aquele macarrão que se comia apenas com pimenta e queijo branco ralado, ganha novas formas de preparo e algumas delas tornam-se pratos de ocasiões especiais. O polpette, como nos aponta Civitello: "era reservado à ocasiões especiais". Assim, "Meat sauces and meatballs—polpette—were reserved for special occasions. Pasta was eaten with peas—pasta e piselli; or with beans—pasta e fagioli, which became pasta fazool in Neapolitan dialect". (4)
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📚✍🏽 Referências.
📸(1)(2) Italian pasta production in rare pictures, 1925-1955. In: https://rarehistoricalphotos.com/pasta-production-pictures-1925-1955/
Acessado em 10 de outubro de 2021.
(3) Franco, Ariovaldo, De caçador a gourmet:uma história da gastronomia. 4 ed. Rev. São Paulo:Editora Senac São Paulo, 2006, p.194-195.
(4) Civitello, Linda. Cuisine and culture : a history of food and people / Linda Civitello. — 2nd ed. 2008, p. 265;266.
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