Se o macarrão permite várias possibilidades e formas de consumo, como comer um bom prato de espaguete era algo que deveria estar nas revistas e nos manuais de etiqueta. Inclusive, esse tema foi matéria no ano de 1942, pela Revista Life. Segundo Kate Bratskeir, a Revista ensinava em 6 etapas como comer macarrão como elegância e etiqueta.(1)
Isso mesmo, a edição da Revista Life, iniciava seu tutorial apontando que na etapa 1, apenas 4 fios de espaguete deveriam ser consumidos de cada vez, "nem mais nem menos".(2)
Na etapa 2, "Step 2: "With soup spoon as prop, twirl fork and spaghetti gently." Era o momento de com apoio de uma colher, girar delicadamente o garfo e enrolar o espaguete no garfo. Em hipótese alguma poderia ter macarrão solto "espirrando" molho: "No diner should have to endure the indecency of loose pasta splattering on a pristine tablecloth. The spoon acts as a noodle hood, mitigating potential twirling mishaps". (3)
Na etapa 3, "Uma garfada de espaguete está pronta para o consumo", a garfada de macarrão é levada a boca.(4) Na etapa 4 : "Garfadas cheias devem ser consumidas na íntegra (...)" If you plan to nibble, well, don't. Nibbling is out! The spaghetti has been twirled into a sizable portion, meant for a chomp, not a delicate, rabbit-like bite".(5)
Agora era o momento de levar o macarrão a boca e não deixar pingar molho ou ficar com macarrão pendurado entre os lábios, para isso, colocar toda porção na boca de uma vez e usar a sucção era a regra da vez. Assim, "Step 5: "Truant strands require patience, lip facility, suck-power."
Na última etapa, era o saborear o seu macarrão e ficar feliz que você conseguiu comer um orato de espaguete com elegância e etiqueta, "Step 6: "With end in sight, diner has consumed 160 in. of spaghetti." (6)E ainda, "Some may be exhausted by this process by the end of the meal, but with practice you'll become a disciplined diner worthy of an etiquette trophy". Ganhou portanto seu "troféu de etiqueta".(7) A matéria da Life é acompanhada das fotografias em que o passo-a-passo de como comer um espaguete com etiqueta é demonstrado. Aliás, Seguindo o padrão da época, a matéria estava destinada às senhoras. É bom que se diga também que a etiqueta a mesa não surge como uma novidade do século XX. Livros sobre hábitos, costumes e regras são bem antigos e estão assentados sobre a ideia de Civilidade. Alguns deles datam do século XV como nos aponta Nobert Elias, "Os livros sobre boas maneiras oferecem-nos uma oportunidade (...) No tocante a aspectos isolados do comportamento humano, em especial dos hábitos à mesa, eles nos fornecem informações detalhadas- sempre sobre o mesmo aspecto da vida social_que se entendem mais ou menos sem interrupção, mesmo que elas ocorram a intervalos fortuitos, de pelo menos o século XIII aos séculos XIX e XX". (8)
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💬 E você já conhecia a matéria que ensinava sobre a etiqueta de como comer um prato de espaguete 🍝? Me conta!
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📚✍🏽 Referências.
📸(1)(2)(3)(4)(5)(6)(7)Kate Bratskeir. Como comer espaguete como uma senhora, de acordo com uma edição vintage da revista Life.
Alfred Eisenstaedt via Getty Images
24/06/2015 15:49 EDT | Atualizado em 6 de dezembro de 2017.
https://www.huffpost.com/entry/eat-spaghetti-like-a-lady-time-life-magazine-1942_n_7655300?utm_hp_ref=taste&ir=Taste
(8) Nobert, Elias. O processo Civilizador:uma história dos costumes, trad: Ruy Jungmann. Revisão e Apresentação Renato Janine Ribeiro, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1990, p. 94-95;
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💬 E você já conhecia a matéria que ensinava sobre a etiqueta de como comer um prato de espaguete 🍝? Me conta!
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📚✍🏽 Referências.
📸(1)(2)(3)(4)(5)(6)(7)Kate Bratskeir. Como comer espaguete como uma senhora, de acordo com uma edição vintage da revista Life.
Alfred Eisenstaedt via Getty Images
24/06/2015 15:49 EDT | Atualizado em 6 de dezembro de 2017.
https://www.huffpost.com/entry/eat-spaghetti-like-a-lady-time-life-magazine-1942_n_7655300?utm_hp_ref=taste&ir=Taste
(8) Nobert, Elias. O processo Civilizador:uma história dos costumes, trad: Ruy Jungmann. Revisão e Apresentação Renato Janine Ribeiro, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1990, p. 94-95;
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