Semana passada fiz uma enquete sobre qual tema vocês gostariam de ver por aqui. Hoje começo os textos com os temas sugeridos. O primeiro deles foi o PIRACUÍ. Muitos já ouviram falar sobre o piracuí, mas, você sabe o que é? Piracuí= farinha de peixe.
Descrita desde o século XVI, era muito consumida pelas populações indígenas ao longo de todo território brasileiro. Hans Staden, em 1554, dizia em referência aos Tupinambás, do Rio de Janeiro que "com frequência vem também gente que mora distante do mar, recolhem grande porção de peixes, torram-nos sobre o fogo, esmagam-nos, fazendo deles farinha, que secam bem a fim de que se conserve por muito tempo. Levam-na para casa e come-na juntamente com a mandioca". (1) Outro viajante, Oscar Canstantt nos idos de 1868, relatava que "Nalguns lugares prepara-se com o peixe assado uma espécie de farinha alimentícia (piracuí ), para o que se tiram as espinhas de peixe assado, pisa-se num almofariz e põe-se a massa à secar em vaso de barro". (2) Raimundo Morais, ao falar da Amazônia dizia que "Piracuí-Farinha de peixe. Depois de secar bem a carne do pirarucu, tambaqui, pirapitinga, ao Moquém, socam-na em pilão de madeira até reduzi-la a farinha. Tal processo faz conservar por muito tempo esse alimento, próprio para matalotagem dos viajantes, caçadores, pescadores. Fácil de conduzir num pequeno jamaxi, o piracuí é dos alimentos do índio o mais comum e sadio". (3) Na foto, a preparação do pirarucu para as suas muitas preparações, uma dessas preparações era o Piracuí. Fazer a farinha de piracuí não precisava salgar o peixe, contudo, havia técnica específica para seu preparo.
E você já comeu piracuí?
.
.
.
Referências.
📸 Preparação do Pirarucu, Amapá. AP
ID 3107. S/d In: Acervos dos Municípios Brasileiros. (1) Hans Staden, Duas viagens ao Brasil, p. 159. Apud in: Equipamentos, usos e costumes da Casa Brasileira. Coord. Marlene Milan Acayaba. (Org) Carlos Alberto Zeron. São Paulo: Museu da Casa Brasileira, 2000.
(2) Oscar Canstatt, Brasil, a terra e a gente, p. 126. Apud in: Equipamentos, usos e costumes da Casa Brasileira. (...)(3) Morais, Raimundo. O meu dicionário de cousas da Amazônia. Brasília:Senado Federal, Conselho Editorial, 2013. p. 136.
Descrita desde o século XVI, era muito consumida pelas populações indígenas ao longo de todo território brasileiro. Hans Staden, em 1554, dizia em referência aos Tupinambás, do Rio de Janeiro que "com frequência vem também gente que mora distante do mar, recolhem grande porção de peixes, torram-nos sobre o fogo, esmagam-nos, fazendo deles farinha, que secam bem a fim de que se conserve por muito tempo. Levam-na para casa e come-na juntamente com a mandioca". (1) Outro viajante, Oscar Canstantt nos idos de 1868, relatava que "Nalguns lugares prepara-se com o peixe assado uma espécie de farinha alimentícia (piracuí ), para o que se tiram as espinhas de peixe assado, pisa-se num almofariz e põe-se a massa à secar em vaso de barro". (2) Raimundo Morais, ao falar da Amazônia dizia que "Piracuí-Farinha de peixe. Depois de secar bem a carne do pirarucu, tambaqui, pirapitinga, ao Moquém, socam-na em pilão de madeira até reduzi-la a farinha. Tal processo faz conservar por muito tempo esse alimento, próprio para matalotagem dos viajantes, caçadores, pescadores. Fácil de conduzir num pequeno jamaxi, o piracuí é dos alimentos do índio o mais comum e sadio". (3) Na foto, a preparação do pirarucu para as suas muitas preparações, uma dessas preparações era o Piracuí. Fazer a farinha de piracuí não precisava salgar o peixe, contudo, havia técnica específica para seu preparo.
E você já comeu piracuí?
.
.
.
Referências.
📸 Preparação do Pirarucu, Amapá. AP
ID 3107. S/d In: Acervos dos Municípios Brasileiros. (1) Hans Staden, Duas viagens ao Brasil, p. 159. Apud in: Equipamentos, usos e costumes da Casa Brasileira. Coord. Marlene Milan Acayaba. (Org) Carlos Alberto Zeron. São Paulo: Museu da Casa Brasileira, 2000.
(2) Oscar Canstatt, Brasil, a terra e a gente, p. 126. Apud in: Equipamentos, usos e costumes da Casa Brasileira. (...)(3) Morais, Raimundo. O meu dicionário de cousas da Amazônia. Brasília:Senado Federal, Conselho Editorial, 2013. p. 136.
Comentários
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, participe, você também faz o blog...