Você sabea origem do pão ázimo? E a sua relação com a Páscoa hebraica?
Segundo Jacob, "No tempo de Jesus Cristo a profissão de padeiro estava enormemente espalhada. Segundo conta Josefo, cada cidade da Palestina tinha os seus padeiros". E ainda, "A cidade de Jerusalém, ao contrário das cidades mais pequenas, tinha uma rua destinada aos padeiros, estando os mestres dessa profissão todos reunidos num bairro.O profeta Neemias fala de uma "torre do forno de pão ", o que significa que terá havido em Jerusalém uma "fabrica de pão ", uma grande empresa onde os mestres padeiros levavam a sua farinha para ser transformada em pão que depois vendiam nas suas lojas". (1) A Bíblia nos conta que com a "saída dos filhos de Israel do Egito foi tão apressada que não tiveram tempo de confeccionar completamente o pão, que era preparado à maneira egípcia, ou seja, amassado para ir ao forno: "E o povo levou a sua farinha amasada antes de levedar, e sobee os ombros as suas amassadeiras envoltas nos seus mantos ". Saíram em grande pressa. "E cozeram a farinha amassada com que tinham saído do Egito em bolos sem fermento, pois não tinham fermento. Tinham na verdade sido expulsos do Egito, e não puderam demorar-se; nem sequer fizeram provisões para si". Assim, "Moisés disse ao povo: "Recordai-vos deste dia em que saístes do Egito, da casa da servidão, pois foi com mão forte que o Senhor vos fez sair daqui. Não se comerá pão fermentado. Este dia deveria daí em diante ser celebrado anualmente na semana da Páscoa hebraica: "Durante sete dias comer-se-ão pães sem fermento, e no sétimo dia haverá uma festa em honra do Senhor (...)". Importante perceber como o pão ázimo ganha aspectos simbólicos e de "auxiliar da memória. Anualmente deveriam ser criadas circunstâncias qie tivessem analogia com a noite da saída do Egito". (2) E a partir de então, este pão se torna simbólico, como nos ensina Pierre Bourdieu, o pão como função social e de unidade já que "os símbolos são os instrumentos por excelência da integração social:enquanto instrumentos de conhecimento e de comunicação (...) eles tornam possível o consensus acerca do sentido do mundo social (...)". (3) Na gravura, os rituais da Páscoa judaica: preparação do pão ázimo.
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Referências.
🎨 Jacob, Heinrich Eduard. Seis mil anos de Pão. Trad. José M. Justo. São Paulo: Nova Alexandria, 2003. p.132. p. 79. 🔖 Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar. (1)(2) Jacob, op. cit., p. 77-78.
(3) Bourdieu, Pierre, O poder simbólico. Trad: Fernando Thomaz.16° ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012. p. 10.
Segundo Jacob, "No tempo de Jesus Cristo a profissão de padeiro estava enormemente espalhada. Segundo conta Josefo, cada cidade da Palestina tinha os seus padeiros". E ainda, "A cidade de Jerusalém, ao contrário das cidades mais pequenas, tinha uma rua destinada aos padeiros, estando os mestres dessa profissão todos reunidos num bairro.O profeta Neemias fala de uma "torre do forno de pão ", o que significa que terá havido em Jerusalém uma "fabrica de pão ", uma grande empresa onde os mestres padeiros levavam a sua farinha para ser transformada em pão que depois vendiam nas suas lojas". (1) A Bíblia nos conta que com a "saída dos filhos de Israel do Egito foi tão apressada que não tiveram tempo de confeccionar completamente o pão, que era preparado à maneira egípcia, ou seja, amassado para ir ao forno: "E o povo levou a sua farinha amasada antes de levedar, e sobee os ombros as suas amassadeiras envoltas nos seus mantos ". Saíram em grande pressa. "E cozeram a farinha amassada com que tinham saído do Egito em bolos sem fermento, pois não tinham fermento. Tinham na verdade sido expulsos do Egito, e não puderam demorar-se; nem sequer fizeram provisões para si". Assim, "Moisés disse ao povo: "Recordai-vos deste dia em que saístes do Egito, da casa da servidão, pois foi com mão forte que o Senhor vos fez sair daqui. Não se comerá pão fermentado. Este dia deveria daí em diante ser celebrado anualmente na semana da Páscoa hebraica: "Durante sete dias comer-se-ão pães sem fermento, e no sétimo dia haverá uma festa em honra do Senhor (...)". Importante perceber como o pão ázimo ganha aspectos simbólicos e de "auxiliar da memória. Anualmente deveriam ser criadas circunstâncias qie tivessem analogia com a noite da saída do Egito". (2) E a partir de então, este pão se torna simbólico, como nos ensina Pierre Bourdieu, o pão como função social e de unidade já que "os símbolos são os instrumentos por excelência da integração social:enquanto instrumentos de conhecimento e de comunicação (...) eles tornam possível o consensus acerca do sentido do mundo social (...)". (3) Na gravura, os rituais da Páscoa judaica: preparação do pão ázimo.
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Referências.
🎨 Jacob, Heinrich Eduard. Seis mil anos de Pão. Trad. José M. Justo. São Paulo: Nova Alexandria, 2003. p.132. p. 79. 🔖 Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar. (1)(2) Jacob, op. cit., p. 77-78.
(3) Bourdieu, Pierre, O poder simbólico. Trad: Fernando Thomaz.16° ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012. p. 10.
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