Quem nunca ouviu que os romanos passaram a ser conhecidos por sua "Política de pão e circo". Quando era dado a população pão e divertimento através dos espetáculos dos gladiadores. Que o pão era utilizado pelo viés econômico no Egito nós aprendemos ontem. Mas, você sabia que ele também teve uso político para gregos e romanos? E que esse uso ia muito além da famosa "Política de pão e circo"?"Homero chama os homens de "comedores de pão". (1) Marie-Claire Amouretti, sobre os gregos nos diz que: "Uma lei do século IV a.C impôs a todos os mercadores atenienses que transportavam trigo, que o entregassem noPireu. Funcionários especiais (os sitophulakes) controlam o preço do trigo e do pão, assim como o da farinha e da cevada, na ágora da cidade e do porto". (2) A autora nos aponta ainda que, na "cidade de Olinto, na Calcídica, destruída em 348 a.C por Filipe da Macedônia, foram encontradas muitas mós no interior das residências".(3) o que ressalta que este trabalho era desenvolvido nas casas por mulheres e escravizados.Mas, foi em Roma que a relação política com o pão ganha outros patamares de importância. O padeiro que "se dissesse "bonum panem fert" ("produz bom pão") era homem que podia ser eleito para um cargo municipal". (4) E ainda, durante o governo da família dos Flávios, os padeiros foram transformados "em funcionário do Estado (...) As 258 lojas que os padeiros possuíam na cidade de Roma deixaram de ser propriedade privada. Não foram explicitamente expropriadas, mas transformadas em "locais estatais", nos quais os padeiros e os seus aprendizes permaneciam na qualidade de funcionários públicos". (5) Os romanos eram perfeccionistas na confecção dos pães, alimento que era consumido por ricos e pobres. Ateneu, em seu clássico Banquete dos Sofistas nos conta que " alguns padeiros obrigavam os ajudantes a usar luvas e máscaras para que não caísse suor na massa e para que a respiração não a estragasse". (6) No afresco de Pompéia, datado do século I, temos uma venda de pão. Notem a quantidade significativa de pães prontos e a criança que levanta a mão para pegar o pão.
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Pompéia é um dos lugares históricos que permeiam nosso imaginário não é verdade!?
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Referências. Comentários 👇🏿
📸 Venda de pão em Pompéia. Século I, afresco localizado no Museu Arqueológico Nacional, Nápoles. 🔖 Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar.
(1) Cristiano Grottanelli. A Carne e seus ritos. In: História da Alimentação. Jean-Louis Flandrin e Massimo Montanari. Trad. Luciano Machado e Guilherme Teixeira. São Paulo: Estação Liberdade, 1998. p. 121.
(2) (3) Marie- Claire Amouretti. Cidades e campos gregos. In: História da Alimentação (...)p.148;149. (4) Jacob, Heinrich Eduard. Seis mil anos de Pão. Trad. José M. Justo. São Paulo: Nova Alexandria, 2003. p.132.
(5)(6) Jacob, Heinrich. op. cit., p. 144; 130.
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Pompéia é um dos lugares históricos que permeiam nosso imaginário não é verdade!?
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📸 Venda de pão em Pompéia. Século I, afresco localizado no Museu Arqueológico Nacional, Nápoles. 🔖 Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar.
(1) Cristiano Grottanelli. A Carne e seus ritos. In: História da Alimentação. Jean-Louis Flandrin e Massimo Montanari. Trad. Luciano Machado e Guilherme Teixeira. São Paulo: Estação Liberdade, 1998. p. 121.
(2) (3) Marie- Claire Amouretti. Cidades e campos gregos. In: História da Alimentação (...)p.148;149. (4) Jacob, Heinrich Eduard. Seis mil anos de Pão. Trad. José M. Justo. São Paulo: Nova Alexandria, 2003. p.132.
(5)(6) Jacob, Heinrich. op. cit., p. 144; 130.
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