Pular para o conteúdo principal

Receita histórica de Pudim de Leite Condensado Moça

Quem não adora um Pudim de Leite Condensado Moça? E de início vou dizendo que a primeira receita histórica deste pudim, datada de 1959, publicada na Revista Cruzeiro, tem calda escura e furinhos! Segundo, Débora Oliveira, a partir da década de 1959, uma nova fase da marca de Leite Consensado Nestlé investe no uso do referido leite a doçaria. Assim, os slogans atendiam essa demanda, entre eles estavam "Como é gostoso o pudim que a senhora fez!". (1) E nesse momento, o pudim de leite Moça torna-se o "carro chef" das propagandas da marca. Como nos aponta Oliveira, a pirmeira receita datam a partir de 1959 e "(...)embora tenha sofrido alguns ajuates, teve como linha-mestra a simplificação do preparo e do número de ingredientes a serem utilizados (o que, obviamente, reduziria o custo final do prato). A tentativa de reunir, em uma receita única, uma proporção entre ingredientes facilmente memorizáveis e também a redução de erros causados pelo uso de xícaras de diferentes tamnahos (ou a indicação de medidas fracionadas, de compreensão ainda pior pelas empregadas e cozinheiras) parece ter sido o grande acerto da empresa, que usou a lata do produto como medida-padrão ". (2) Hoje compartilho com vocês a receita de pudim de 1959, receita publicada na Revista O Cruzeiro de 16 de maio de 1959, a receita vinha cumprir a função de associar o uso do Leite Moça a elaboração do seu famoso pudim e a doçaria brasileira. E não é que deu super certo! Desde então, o pudim se torna sinônimo de sobremesa de domingo. Eu reproduzi a receita histórica de pudim de leite Moça. Fica tão bom!
.
.
.
A calda eu sempre faço com xícara de açúcar com três dedos de água. Ah, pra essa receita você deixa a calda ficar mais escura, sem queimar. Na receita original, eles indicam decorar com frutas ou geleia.
.
.
.
Referências.
📸 Revista O Cruzeiro, 16 de maio de 1959. Apud: Oliveira, Débora. Dos Cadernos de receitas às receitas de latinha: indústria e tradição culinária no Brasil. São Paulo: Editora Senac São Paulo: 2013. p. 150. 🔖Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar. 📽 Canva.
(1) (2) Oliveira. op. cit., p. 133-141.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A bolacha preta.

Bom Dia! Em fins da década de 80, fazíamos as famosas viagens de carro, no meu caso era de caçamba mesmo,  meu pai que é do Rio Grande do Norte, levava toda a família pra visitar a família dele e íamos felizes daqui do extremo Norte para o Nordeste. Lembro que nas viagens, em especial, na volta mamãe trazia uma boa reserva de Bolacha Preta, que eu vinha degustando e que tanto adoçavam minha viagem e meu paladar. Eram dias muito felizes e saborosos! Na última viagem que minha mãe fez, eu pedi que me trouxesse a dita bolacha, queria matar a saudade gustativa. A sorda é um popular e tradicional biscoito originário do nordeste brasileiro. Feito de uma massa composta de trigo, mel de rapadura e especiarias, tais como cravo, canela e gengibre. É fabricado artesanalmente ou industrializado por fábricas panificadoras em quase todos os estados do nordeste brasileiro, sendo muito consumido na área do sertão. Conhecido também em algumas localidades por bolacha preta, vaca pr...

É CARNAVAL.

Na pintura de Debret temos uma imagem do Carnaval  ou como era chamado no século XIX, de Dia d'entrudo. O dia d'entrudo que começava no domingo e seguia-se nos três dias gordos, era dia de festa em que os brincantes se jogavam "limões "cheios de água perfumada. A cena se passava no Rio de Janeiro, no ano de 1823. Segundo Debret: " O carnaval no Rio e em todas as províncias do Brasil não lembra, em geral, nem os bailes nem os cordões barulhentos de mascarados que, na Europa, comparecem a pé ou de carro nas ruas mais frequentadas, nem as corridas de cavalos xucros, tão comuns na Itália. Os únicos preparativos do carnaval brasileiro consistem na fabricação dos limões-de-cheiro, atividade que ocupa toda a família do pequeno capitalista, da viúva pobre, da negra livre que se reúne a duas ou três amigas, e finalmente das negras das casas ricas, e todas, com dois meses de antecedência e à força de economias, procuram constituir sua provisão de cera. O limão-...

Quadrados Paulista.

Olá, leitores! Essa receita é daquelas que é sensacional, veja bem: eu coloquei dois conceitos no meu livro um M/ DE MARAVILHOSO E UM E/excelente de tão boa que é!Façam, hoje mesmo :) sem palavras para descrever a tal gostosura. Quando fiz e provei essa receita, entendi que o livro Dona Benta tem raridades únicas e me questionei como aquela blogueira fazia duras críticas ao livro? Por que a minha experiência com ele a cada receita tem me deixado mais maravilhada, só posso pensar que a pessoa não deva entender muito da grandiosidade que é um livro que por gerações vem fazendo parte da cozinha de tantas pessoas...Enfim, vamos a receita: Quadrados Paulistas: p. 829. Ingredientes: Massa: 1 xícara chá de manteiga. 2 xícaras chá de açúcar. 2 xícaras chá de trigo. 1 colher de chá de fermento. 1/2 xícara de leite. 4 ovos separados. Glacê: Açúcar. Água ou sumo de laranja. Modo de Fazer: passo-a-passo:  Bata a manteiga com o açúcar, junte as gemas,...