Qual a importância do fogo para a nossa vida alimentar? Talvez, pelo fato de termos tão cotidianamente este recurso, nós quase nunca pensamos na importância e grandiosidade do fogo e conseqüentemente da comida cozida para nossa humanidade. Existe algo de extraordinário nesse fato, existe uma transformação e contribuição imensa no ato do cozimento para a humanidade.
Richard Wrangham, no seu livro "Pegando fogo por que cozinhar nos tornou humanos" nos instiga a refletir sobre como no momento que deu origem ao gênero Homo, uma das maiores transformações foi originária do "controle do fogo e do advento de refeições cozidas". (1) Segundo o autor, o cozimento mudou por completo a nossa relação com a comida, aumentando seu valor, nossos corpos e o uso que se fazia do tempo e da vida social. Wrangham, afirma que cozinhar nos tornou humanos. (2) Então, pensar em como o simples ato de cozinhar é fruto de processos intensos de construção da vida humana, nós possibilita uma outra visão da comida, do fogo, das técnicas de cozimento e do próprio mundo da cozinha, não é mesmo!? As cenas do filme A Guerra do Fogo, de 1981, retrata o cotidiano da tribo Ulam, no período Paleolítico, uma tribo que acredita que o fogo é sobrenatural. No momento que a fonte de fogo da tribo apaga eles saem em busca de outra e acabam por encontrar uma tribo mais desenvolvida, os Ivaka, que detinham o controle do fogo e hábitos mais desenvolvidos. A "Guerra" gira em torno da luta pelo controle do fogo. Claude Lévi Strauss, nós diz como o cozimento reflete mais do que um processo, mas, serve para simbolizar o controle humano sobre a natureza. Por isso, cozinhar a comida vai além de levar ao fogo, o cozimento estabelece uma linha entre as pessoas e os animais. Os seres humanos cozinham principalmente por razões simbólicas. Lévi Strauss, em sua obra espetacular: "O cru e o cozido", afirma que o cozimento estabelece de forma significativa uma "diferença entre animais e pessoas" e que isso marca uma transição de um estágio de natureza para cultural.(3) Perceber como a alimentação vai além do ato biológico, como fazer a comida vai além de limpar, temperar e levar ao fogo. Mas, acima de tudo envolve questões culturais, de sociabilidade e simbólicas.
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Referências.
🎬 A Guerra do Fogo. Ano de 1981.Diretor: Jean-Jacques Annaud.
Produção: Jacques Dorfmann, Denis Héroux, Véra Belmont, John Kemeny
Autores: J.-H. Rosny aîné, J.-H. Rosny.100 min.
(1) (2) Wrangham, Richard W. Pegando fogo:ppr que cozinhar noa tornou humanos. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro:Jorge Zahar Ed. 2010. p 7-8.
(3) Lévi-Strauss, Claude. O Cru e o cozido (Mitológicas I). São Paulo: Cosac Naify, 2004.
Richard Wrangham, no seu livro "Pegando fogo por que cozinhar nos tornou humanos" nos instiga a refletir sobre como no momento que deu origem ao gênero Homo, uma das maiores transformações foi originária do "controle do fogo e do advento de refeições cozidas". (1) Segundo o autor, o cozimento mudou por completo a nossa relação com a comida, aumentando seu valor, nossos corpos e o uso que se fazia do tempo e da vida social. Wrangham, afirma que cozinhar nos tornou humanos. (2) Então, pensar em como o simples ato de cozinhar é fruto de processos intensos de construção da vida humana, nós possibilita uma outra visão da comida, do fogo, das técnicas de cozimento e do próprio mundo da cozinha, não é mesmo!? As cenas do filme A Guerra do Fogo, de 1981, retrata o cotidiano da tribo Ulam, no período Paleolítico, uma tribo que acredita que o fogo é sobrenatural. No momento que a fonte de fogo da tribo apaga eles saem em busca de outra e acabam por encontrar uma tribo mais desenvolvida, os Ivaka, que detinham o controle do fogo e hábitos mais desenvolvidos. A "Guerra" gira em torno da luta pelo controle do fogo. Claude Lévi Strauss, nós diz como o cozimento reflete mais do que um processo, mas, serve para simbolizar o controle humano sobre a natureza. Por isso, cozinhar a comida vai além de levar ao fogo, o cozimento estabelece uma linha entre as pessoas e os animais. Os seres humanos cozinham principalmente por razões simbólicas. Lévi Strauss, em sua obra espetacular: "O cru e o cozido", afirma que o cozimento estabelece de forma significativa uma "diferença entre animais e pessoas" e que isso marca uma transição de um estágio de natureza para cultural.(3) Perceber como a alimentação vai além do ato biológico, como fazer a comida vai além de limpar, temperar e levar ao fogo. Mas, acima de tudo envolve questões culturais, de sociabilidade e simbólicas.
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Referências.
🎬 A Guerra do Fogo. Ano de 1981.Diretor: Jean-Jacques Annaud.
Produção: Jacques Dorfmann, Denis Héroux, Véra Belmont, John Kemeny
Autores: J.-H. Rosny aîné, J.-H. Rosny.100 min.
(1) (2) Wrangham, Richard W. Pegando fogo:ppr que cozinhar noa tornou humanos. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro:Jorge Zahar Ed. 2010. p 7-8.
(3) Lévi-Strauss, Claude. O Cru e o cozido (Mitológicas I). São Paulo: Cosac Naify, 2004.
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