Geralmente, as mulheres faziam pães no âmbito da casa, os padeiros de profissão eram homens. Na pintura de Jean-François Millet: A woman baking bread, a mulher coze o pão para consumo da casa. Em Londres da era Vitoriana segundo nos aponta Bryson 80%das despesas eram gastas com pão. Assim, "Para muita gente, o pão não era apenas um acompanhamento importante de uma refeição; ele era, sozinho, a própria refeição"(1) Logo, "mesmo as pessoas de classe média gastavam até dois terços da sua renda com alimentação (...) dos quais uma parcela bem elevada ia para o pão. Para uma família pobre, segundo nos contam quase todas as histórias, a alimentação diária consistia de um punhado de chá e açúcar, alguns legumes, uma ou duas fatias de queijo e, ocasionalmente, um pouquinho de carne. Todo o resto de pão". (2) Nos palácios, na Idade Média, haviam locais específicos para elaboração do pão, "A principal peça da cozinha é o fogão. O forno, indispensável - tanto quanto a masseira- ao fabrico do pão, parece ter um uso secundário na preparação de outros alimentos". (3) O pão como alimento cotidiano estava passivo de alterações em sua composição, muitos padeiros eram acusados de adicionar componentes tóxicos ao pão para que o produto rendesse. Na Inglaterra, haviam leis que "regiam a sua pureza eram rígidas, e as punições, severas. Um padeiro que enganasse oa fregueses podia ser multado em dez libras por pão vendido, ou ser mandado para a prisão para um mês de trabalhos forçados ".(4) A questão era demandava atenção, no século XVIII, um livro escrito pelo médico Joseph Manning, intitulado The Nature of bread, honestly and dishonestly made relatava que "era comum que os padeiros acrescentassem farinha de feijão, giz, chumbo branco, cal hidratada e cinzas de ossos a cada filão de pão que faziam". (5) Por tais razões que quem podia e tinha condições econômicas fazia seu pão em casa pois era a garantia de um pão puro e sem aditivos tóxicos. Fazer pão em casa não era fácil, necessitava de um bom forno e de saber.
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Referências.
🎨Jean-François Millet: A woman baking bread. Francês: Paysanne enfournant son pain
Data1854TécnicaÓleo sobre tela. Coleção Rijksmuseum Kröller-Müller Instituição de origem: Kröller Müller Museum Referências: Kröller-Müller MuseumFonte/FotógrafoThe Yorck Project (2002) 10.000 Meisterwerke der Malerei (DVD-ROM), distributed by DIRECTMEDIA. 🔖 Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar.
(1) Bryson, Bill. Em casa:uma breve história da vida doméstica. Trad: Isa Mara Lando. Sao Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 85.
(2) Bryson, op. cit.,p . 85.
(3) Antoni Riera-Melis. Sociedade feudal e alimentação (séculos XII-XIII). In: História da Alimentação. Jean-Louis Flandrin e Massimo Montanari. Trad: Luciano Vieira Machado, Guilherme J. F. Teixeira. São Paulo:Estação liberdade, 1998. p. 396.
(4) (5) Bryson, op. cit.,p.84; 85.
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Referências.
🎨Jean-François Millet: A woman baking bread. Francês: Paysanne enfournant son pain
Data1854TécnicaÓleo sobre tela. Coleção Rijksmuseum Kröller-Müller Instituição de origem: Kröller Müller Museum Referências: Kröller-Müller MuseumFonte/FotógrafoThe Yorck Project (2002) 10.000 Meisterwerke der Malerei (DVD-ROM), distributed by DIRECTMEDIA. 🔖 Qualquer óbice em relação a imagem por favor nos avisar.
(1) Bryson, Bill. Em casa:uma breve história da vida doméstica. Trad: Isa Mara Lando. Sao Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 85.
(2) Bryson, op. cit.,p . 85.
(3) Antoni Riera-Melis. Sociedade feudal e alimentação (séculos XII-XIII). In: História da Alimentação. Jean-Louis Flandrin e Massimo Montanari. Trad: Luciano Vieira Machado, Guilherme J. F. Teixeira. São Paulo:Estação liberdade, 1998. p. 396.
(4) (5) Bryson, op. cit.,p.84; 85.
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