No quadro anônimo do século XVIII, podemos visualizar as três maneiras de segurar uma xicara chinesa de chá, observem a delicadezada imagem que vêm se encontro a própria delicadeza do chá. Segundo Franco, "No início do reinado de Carlos II, a corte inglesa adotará o chá, introduzido por sua mulher, a portuguesa Catarina de Bragança. O equipamento e o ritual do chá guardarão por algum tempo muito da sua origem oriental".(1)
E no Brasil? Aluísio de Azevedo, em seu livro O Mulato, nos informava que "Maria Bárbara ceava na varanda (...) embebendo fatias de pão torrado na sua xícara de chá verde". (2) No Pará, D. Frei João de São José Queiroz, em Belém, no ano de 1762, informava referindo-se aos produtos que eram enviados pela Companhia Geral do Grão Pará e Maranhão que "sessenta arráteis de chá que mandamos vir do reino, para com ele corresponder a pessoas a quem vivemos obrigado a desfazer de toalhas e guardanapos de Guimarães, que conservávamos em folha para nosso uso".(3)Bates relatava quando de sua passagem por Cametá, Pará, que "os homens fizeram fogo na cozinha para preparar o chá de uma erva ácida, chamada erva cidreira (...) que tinha apanhado no último ponto de pouso, e as chamas crepitavam alegremente".(4) A História da Alimentação nos permite visualizar a circulação de produtos e hábitos ao longo de tempo e dos diversos lugares tão distantes geograficamente. Essa é a grande riqueza.
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Ahhhh, quanto ao alegre doguinho será se ele também queria chá?
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Referências.
🎨Quadro anônimo do século XVIII, Museum, Londres. In: Franco, Ariovaldo. De caçador a gourmet: uma história da gastronomia. 4 ed. Rev. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006. p. 182.(1) Franco, Ariovaldo. op. cit., p. 182. (2) O Mulato. São Paulo, Ed. Martins Instituto Nacional do Livro, 1975. p.285.
(3) Queiroz, Frei João de São José. Visitas Pastorais (1761-1763) Rio de Janeiro, Ed. Melso, 1961. p. 219-220.(4)Bates, Henry Walter. O Naturalista no rio Amazonas (1848-1850). São Paulo, Ed. Nacional, 1944. 2V p. 184-185.
E no Brasil? Aluísio de Azevedo, em seu livro O Mulato, nos informava que "Maria Bárbara ceava na varanda (...) embebendo fatias de pão torrado na sua xícara de chá verde". (2) No Pará, D. Frei João de São José Queiroz, em Belém, no ano de 1762, informava referindo-se aos produtos que eram enviados pela Companhia Geral do Grão Pará e Maranhão que "sessenta arráteis de chá que mandamos vir do reino, para com ele corresponder a pessoas a quem vivemos obrigado a desfazer de toalhas e guardanapos de Guimarães, que conservávamos em folha para nosso uso".(3)Bates relatava quando de sua passagem por Cametá, Pará, que "os homens fizeram fogo na cozinha para preparar o chá de uma erva ácida, chamada erva cidreira (...) que tinha apanhado no último ponto de pouso, e as chamas crepitavam alegremente".(4) A História da Alimentação nos permite visualizar a circulação de produtos e hábitos ao longo de tempo e dos diversos lugares tão distantes geograficamente. Essa é a grande riqueza.
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Ahhhh, quanto ao alegre doguinho será se ele também queria chá?
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Referências.
🎨Quadro anônimo do século XVIII, Museum, Londres. In: Franco, Ariovaldo. De caçador a gourmet: uma história da gastronomia. 4 ed. Rev. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006. p. 182.(1) Franco, Ariovaldo. op. cit., p. 182. (2) O Mulato. São Paulo, Ed. Martins Instituto Nacional do Livro, 1975. p.285.
(3) Queiroz, Frei João de São José. Visitas Pastorais (1761-1763) Rio de Janeiro, Ed. Melso, 1961. p. 219-220.(4)Bates, Henry Walter. O Naturalista no rio Amazonas (1848-1850). São Paulo, Ed. Nacional, 1944. 2V p. 184-185.
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